Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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PT ainda acredita em frente de esquerda na Capital e sem impor condições ao PSOL

Siglas voltam a se reunir nesta sexta (2) para tentar um acordo

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Marquito e Lela. Foto: Arte/Jeffrey Córdoba/SCC SBT
Marquito e Lela. Foto: Arte/Jeffrey Córdoba/SCC SBT

Em mais uma reação ao quadro de indefinição entre PT e PSOL para a formação de uma frente de esquerda, em Florianópolis, as siglas retornam à mesa de negociação neste sexta-feira (2), na véspera das convenções que devem homologar o ex-vereador Lela e o deputado estadual Marquito em candidaturas diferentes à prefeitura. Antes, o PSOL chamou de “mentiras” as declarações divulgadas de que Marquito abriria mão de ser postulante ao cargo em nome da unidade e que apoiaria Lela.

Os petistas da Capital disseram à coluna que seguem no debate. Que a sigla ofereceu a posição de vice na chapa ao PSOL, que, por sua vez, também ofereceu ao PT a mesma condição.

Segundo o PT, não há imposição nenhuma “a ninguém”, pois o objetivo é ter o PSOL na chapa como “tem ocorrido em várias cidades pelo Estado”. E completa: “Senão for possível, estaremos juntos no segundo turno”. O PT também admite que, para construir um acordo, o PSB, que hoje indicará o vice de Lela, abriria mão se o PSOL, de Marquito, vier para a coligação.

Uma difícil negociação entre números e favoritismo

O assunto aliança é complexo, o PSOL teve apoio do PT, em Florianópolis, na eleição de 2020, quando o professor Elson Pereira disputou pela segunda vez a eleição. Mas a posição hoje, quase um axioma na esquerda, é a de que o PT terá mais estrutura e tempo de rádio e TV para Lela, além do apoio direto de Décio Lima e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o PSOL tem o candidato mais viável, Marquito.

O que determina o cálculo para o tempo no horário eleitoral no ar a partir de 30 de agosto, é o tamanho da bancada federal na Câmara, eleita em 2022. O PT fez 80 deputados federais, a segunda maior bancada, considerada a federação com o PCdoB e o PV (atrás apenas do PL, que fez 99). Na Capital catarinense, acrescido do apoio do PSB, que elegeu 14 parlamentares, Lela cresce na participação.

A Federação PSOL e Rede só fez 14 cadeiras. No entanto, o raciocínio é o de que Marquito é mais viável, por ser o ex-vereador mais votado em 2020 e deputado estadual eleito, dois anos depois. A esquerda deveria estar unida, como em Criciúma, Joinville e Chapecó, porém esbarra na obrigação que a direção nacional do PT impõe nas capitais e em uma disputa de egos com precedentes.

Convenções serão neste sábado, no mesmo horário

O relógio virou outro adversário entre PT e PSOL. A duas legendas farão as convenções homologatórias neste sábado (3), no mesmo horário, às 9h. Se chegarem a um acordo, precisarão deixar as atas em abertos, sem qualquer chance de não haver reações negativas dos pré-candidatos a vereador de um lado e de outro.

O PT no auditório do Cesusc, na SC-401 – em direção às praias do Norte da Ilha de Santa Catarina -, o que aumentou a distância, já que, em um primeiro momento, seria no auditório da Fecesc, na Avenida Mauro Ramos, no Centro. O PSOL se reunirá no Plenarinho da Câmara de Vereadores.

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