Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

PSOL aposta nos últimos desempenhos e na força de Marquito na Capital

Deputados estadual e quatro cadeiras na Câmara servem de argumento para o voo solo

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O candidato Marquito discursa na convenção, estrela do PSOL. Hermínio Nunes/PSOL
O candidato Marquito discursa na convenção, estrela do PSOL. Hermínio Nunes/PSOL

O PSOL, que realizou convenção neste sábado (3), não fechou acordo com os demais partidos de esquerda, com exceção da Rede Sustentabilidade, com quem compõem a federação, e deixou aberta à indicação um nome de vice na chapa que tem o deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito. O candidato homologado ainda é o melhor argumento da legenda para seguir em frente no projeto de chegar à prefeitura de Florianópolis.

O Plenarinho da Câmara de Vereadores, de onde Marquito saiu na condição de mais votado em 2020 para a Assembleia, há dois anos, ficou superlotado, assim como as áreas contíguas.

Perspectivas do partido

O PSOL tem votos, três vagas no Legislativo municipal e o desempenho do partido, em 2020, quando ficou em segundo lugar na disputa com o professor Elson Pereira, presente à convenção no sábado (3), como fatos que mantêm a sigla decidida a ter uma candidatura própria na Capital.

Mas, à época, o partido tinha como parceiros PT, PDT, PCdoB, PSB, Rede, Unidade Popular (UP) e PCB, um bom tempo de rádio e TV. Agora, somente a UP atende à aliança. O PDT está com Dário Berger (PSDB) e o PSB seguiu com a candidatura do PT, Vanderlei Faris, o Lela, que também aglutina os parceiros de federação Brasil da Esperança, PCdoB e PV.

Mesmo que afirme que está aberto a negociações, o que a convenção deixou claro é que Marquito é um fator de aglutinação, tanto que outros grupos à esquerda concordam com o seu potencial, já comprovado nas urnas. A viabilidade do projeto dependerá de muito trabalho de rua e o convencimento de militantes e eleitores dos outros partidos do campo popular que o vereador que virou deputado estadual depois de um mandato e meio na Câmara é a melhor alternativa para uma disputa que, em um primeiro momento, tem como objetivo chegar ao segundo turno.

Evento teve a presença do candidato do Avante

Afrânio Boppré (em primeiro plano) e o candidato Rogério Portanova (C). Roberto Azevedo/SCC 10

O professor Rogério Portanova, candidato homologado pelo Avante à prefeitura da Capital, participou da convenção do PSOL. A política da boa vizinhança tem duas mãos nestes momentos: como se comportar em um eventual segundo turno.

Portanova também estava na convenção do PSDB, que confirmou Dário Berger a prefeito e Maria Claudia Goulart (União Brasil) de vice. No evento de sábado, ficou sentado próximo ao vereador Afrânio Boppré, ex-vice-prefeito e deputado estadual, que já concorreu à prefeitura pelo PT.

Críticas direcionadas ao atual prefeito

Marquito disse que o combate à corrupção, que afeta a atual administração, sem citar o nome do prefeito Topázio Neto (PSD), é um dos seus objetivos. Também usou a comparação entre o que as pessoas veem e o que Topázio divulga no Tik Tok.

No discurso, Marquito reforçou o tema central que pretende levar à campanha: “Vamos construir uma prefeitura que tenha no centro a questão ambiental e a justiça social, possibilitando dignidade humana para todas as pessoas de Florianópolis”.

Ao final da convenção, os participantes foram para o lado de fora da Câmara e entoaram um refrão: “Floripa tem jeito, Marquito prefeito!”

Em Blumenau, sigla terá duas mulheres na chapa pura

A advogada Rosane Magaly Martins e a professora Jaísa Dolzan, do PSOL. Reprodução/Redes Sociais

O PSOL de Blumenau também não chegou a um acordo para a formação de uma frente de esquerda. A sigla realizou a convenção partidária na sexta-feira (2) e confirmou duas mulheres na chapa pura: Rosane Magaly Martins à prefeitura e Jaísa Dolzan, de vice.

Rosane milita nas questões dos Direitos Humanos, além de ser escritora e gerontóloga. Jaísa é professora.

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