PSD e PL abrem disputa na estratégica São José, 4º colégio eleitoral de SC
Prefeito Orvino de Ávila procura aliados e Jorginho Mello filia Adeliana Dal Pont
• Atualizado
Dois movimentos nas últimas horas deixaram clara a disposição de PSD em provocar um aumento do poder de fogo do prefeito Orvino de Ávila, pré-candidato à reeleição, e do PL do governador Jorginho Mello em criar um fato com a chegada da ex-prefeita Adeliana Dal Pont, o que apimenta a eleição em São José, quarto maior colégio eleitoral de Santa Catarina. As duas siglas devem monopolizar vários embates nas principais cidades catarinenses, a citar Criciúma, Chapecó, Florianópolis e Balneário Camboriú, entre outras.
Orvino garantiu o apoio do Republicanos, ao nomear Vera Pinheiro (foto abaixo) como secretária adjunta de Assistência Social, a tesoureira estadual do Republicanos, que era chefe de gabinete do deputado Sergio Motta, e garante ter o apoio do MDB, do vice-prefeito Michel Schlemper, e dos vereadores Constancio Neto, Romeu Vieira, Neri Amaral e Amauri dos Projetos, todos do União Brasil.
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Adeliana foi duas vezes prefeita pelo partido de Orvino e tem administrações exitosas para bater chapa, respaldada pelo 22 de Jair Bolsonaro e de Jorginho. Em 2022, no 1º turno, Bolsonaro obteve 55,23% do votos, e, no segundo, 69,27%. Nos bastidores, teria sido o ex-deputado Gelson Merisio (prestes a se filiar ao PP), depois de passar pelo Solidariedade, que teria influenciado a decisão de Adeliana.
Lutar pela permanência à frente da prefeitura virou questão de honra dentro do PSD e um desafio para o PL, que chegou a namorar inclusive com o ex-deputado Bruno Souza (Novo), que tem planos para Florianópolis e não para a cidade contígua. Bruno rejeitou a aproximação, prefere trilhar na campanha à prefeitura da Capital.
Dário Berger é uma incógnita
Outra dúvida é onde se encaixa um nome dos mais poderosos na política regional, o do ex-prefeito, tanto de São José quanto da Capital, ex-senador Dário Berger (ainda no PSB). Para concorrer, Dário deve retornar ao MDB para entrar na disputa de uma das duas cidades, mas ainda não abriu o jogo. Em São José, seria comparável a um tornado; em Florianópolis, a um vento Sul, devido ao cenário com maiores dificuldades pelo entorno do prefeito Topázio da Silveira Neto (PSD).
O MDB conversa com Topázio, principalmente pela situação do partido depois das eleições de 2020, em Florianópolis, onde sequer elegeu um vereador. Tampouco se reestruturoupara um voo mais alto.
De qualquer modo, Dário seria um adversário a ser considerado, mesmo depois de ter trocado as hostes emedebistas pelo PSB e apoiado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. Porém, até isso o beneficia, pois, na eventual disputa em um segundo turno na Capital, o ex-senador poderia atrair segmentos da esquerda.
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