Programa eleitoral trouxe candidatos e suas armas, em Florianópolis: mas vem mais

Os 10 minutos da propaganda eleitoral na TV, no início da tarde desta sexta-feira (30), serviram para mostrar os principais candidatos a prefeito em Florianópolis, com suas armas e aliados, sem que fosse acrescentado algum fato novo. A tônica foi a apresentação dos postulantes, uma forma mais palatável de começar o processo de convencimento do eleitor, antes de despejar denúncias, defesas e aliados.

O primeiro a apresentar as propostas foi Rogério Portanova (Avante). O candidato, um veterano na disputa à prefeitura, tem o desafio de conseguir mostrar propostas ao eleitor em apenas 17 segundos.

Já o prefeito Topázio Neto (PSD) não poupou espaço, justamente ele que tem o maior tempo: 4 minutos e 25 segundos.

Além de reavivar a memória dos eleitores com inúmeros vídeos do Tik Tok já publicados, uma estratégia para amenizar as críticas recorrentes dos adversários e se posicionar como tal, trouxe a vice Maryanne Mattos e o governador Jorginho Mello já no programa de estreia, o que sugere o tamanho e relevância que o PL terá na campanha à reeleição. Só falta a manifestação de Jair Bolsonaro.

Dário Berger (PSDB) enfatizou o seu passado político, principalmente os oito anos em que governou a Capital, de 2005 a 2012, com imagens de obras. O principal cabo eleitoral do tucano, o ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil), foi um dos destaques do programa, recheado como muitos depoimentos e clips, aquelas imagens com trilha musical.

Lela, do PT, falou do projeto para a Capital, mas o grande trunfo da esquerda, que é o pedido de voto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda virá. Primeiro nos spots, aqueles programetes no espaço comercial das emissoras (rádio e TV), depois, a partir de segunda-feira (2), no horário eleitoral.

Pedro Silvestre, o Pedrão (PP), contou a história de vida dele. O vereador mais votado da história de Florianópolis, um fenômeno na disputa em 2016, já concorreu à prefeitura, em 2020, e possui uma série de propostas para debater o futuro da cidade, algo que terá que condensar em pouco tempo na TV. Mas a estratégia ficou clara: o chamamento do eleitor para as redes sociais, um território que sempre utilizou nas campanhas.

Nos 24 segundos de propaganda, Marquito (PSOL) inovou. Apresentou cenas dele em um caiaque a remar pelos canais do mangue do bairro Itacorubi, não muito distante do Centro de Florianópolis. No apelo ecológico e pela preservação usando o verbo cuidar, nome da coligação que reúne o Rede Sustentabilidade e o Unidade Popular (UP), o candidato gravou o texto em off, ou seja, só a voz dele é mostrada enquanto as imagens são exibidas.

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