Preocupação com conclusão do ensino médio tem versões nacional e estadual
Programas Pé de Meia e Bolsa Estudante querem manter alunos na escola
• Atualizado
Ao lançar o Programa “Pé de Meia”, onde destinará R$ 200 por mês para alunos beneficiários de programas sociais e uma espécie de poupança de R$ 1 mil ao final do curso, para a estimular a conclusão do ensino médio e a participação no Enem, o governo federal deu novos contornos a um combate contra a evasão escolar nesta fase da formação. Os números são assustadores, liderados negativamente entre os 26 estados e o Distrito Federal pela Bahia, que tem mais de 11% dos estudantes que não terminam a formação intermediária, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados ainda de 2022.
O deputado federal Pedro Uczai (PT), relator na Câmara do projeto que criou o “Pé de Meia”, afirma que 2,5 milhões de jovens no país serão beneficiados. Uczai, que é professor universitário, explica que, além, do pagamento mensal, a cada ano aprovado o estudante receberá R$ 1 mil, que totalizarão R$ 3 mil ao fim dos três anos. Os valores serão depositados em uma poupança, dentro da previsão de investimento de R$ 6 bilhões por ano.
A situação de Santa Catarina também preocupa, com 5% de evasão, também segundo IBGE, 12º Estado no país na estatística oficial. O governo catarinense desenvolve o Programa Bolsa Estudante, que oferece R$ 520 mensais, aos alunos com baixa renda, que cumprirem 75% de presença, justamente para evitar o abandono da escola.
Depois de uma readequação, que rendeu polêmicas, a administração de Jorginho Mello lançou dois editais, em 2023, que beneficiaram 16 mil estudantes. No governo de Carlos Moisés, a bolsa pretendia atender 60 mil alunos, para evitar o argumento de que os jovens não ficavam na escola porque tinham que participar da renda familiar, seja na agricultura, seja na vida urbana. A atual administração alegou que apenas 10 mil foram atendidos, em 2022, e diminuiu as vagas.
Evasão escolar é um dos indicadores do Inep
O impacto social é tão importante quanto o educacional, como defendeu, desde o início da gestão, o secretário Aristides Cimadon (Educação), a partir da realidade catarinense no ensino médio. O Estado já foi o 24º entre as 27 unidades da federação, motivo de preocupação para quem ostenta números acima da média no ensino fundamental e no superior.
Os editais para este ano ainda não foram abertos para o Bolsa Estudante pela Secretaria da Educação. Serão R$ 6.250 por ano, de acordo com a legislação que criou o programa. Os dados de 2023 ainda não foram consolidados, mas a taxa de Evasão Escolar é um dos indicadores do Fluxo Escolar, calculada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O problema é nacional, Santa Catarina precisa corrigir a defasagem, daí a intensa ação de tentar levar o ensino profissionalizante técnico aos educandários. Manter os estudantes no ensino médio é crucial para o futuro do desenvolvimento econômico e social, não há como separar as duas necessidades.
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