Prefeito que troca de partido precisa combinar com o eleitor
PSD largou na frente, Novo e PL também entraram no jogo para 2024
• Atualizado
Quem sustenta a tese de que trocar de partido significa ir atrás de mais espaço em caso de reeleição ou planejamento para o futuro, precisa acrescentar um fator a um ano das convenções para o pleito municipal de 2024: a aprovação do eleitor aos movimentos, notoriamente aos que não estarão na disputa e pretendem atuar como poderosos cabos eleitorais.
A lista mais recente ao festival de mudança de endereço partidário inclui Arão Josino (foto), de Ascurra, um dos raros que está no primeiro mandato, e que trocou o PSD pelo Novo. Josino é o segundo prefeito da sigla no Estado, que tinha o ineditismo nacional de Adriano Silva (Joinville), presente ao ato do recém-chegado, onde também estavam, entre outros, o deputado federal Gilson Marques, o deputado estadual Matheus Cadorin, Eduardo Ribeiro (presidente nacional da sigla) e Adilson Sousa (vice-presidente estadual).
Leia Mais
Josino, uma aposta do PSD para o futuro, deixou o partido liderado por Eron Giordani, que tem sido um dos mais cobiçados para 2024, e, após a filiação do prefeito Clésio Salvaro (Criciúma), engatou mais um em segundo mandato: Omero Prim, de Águas Mornas, oriundo MDB, acompanhado por 150 lideranças locais.
O novo integrante teve direito a recepção calorosa, com a ostensiva saudação de graduados, os prefeitos João Rodrigues (Chapecó), Topázio Neto (Florianópolis) e Orvino de Ávila (São José), além da comemorada participação do deputado Julio Garcia, apontado como principal líder da nova fase da agremiação, e o do deputado federal Darci de Matos. Antes, em junho último, o PSD já havia filiado sete prefeitos, nove vices e agora saltou para 46 prefeitos e 41 vices.
Jorginho aposta no crescimento do PL
Presidente estadual do PL, o governador Jorginho Mello faz as contas de que, apoiado na influência de Jair Bolsonaro e na própria condição de comandar Santa Catarina, o partido deve eleger 100 prefeitos. A sigla filiou recentemente a prefeita Cleci Veronezi, de Rancho Queimado, que trouxe mais gente que estava com o MDB. Ela está no segundo mandato e entra na fila dos que projetam algo mais para 2026.
Jorginho tem a seu favor o fato de que muitos integrantes de MDB, PSD e União Brasil professam uma devoção a Bolsonaro, capaz de provocar debandadas na disputa do ano que vem. Mas vale a avaliação de 2020, quando o simples gesto de se agarrar na figura do então presidente da República não assegurou a vitória compulsória a ninguém, principalmente nas maiores cidades do Estado.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO