PP e União aceitam juntar as escovas de dentes em SC
Siglas criarão uma federação e a maior bancada da Câmara dos Deputados
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O anúncio oficial será nacional, nos próximas dias, mas as bancadas de PP e União Brasil na Assembleia, na Câmara e no Senado já se reuniram para confirmar a criação da federação entre as duas siglas, que também terá o Avante, e que cria a maior bancada entre os deputados federais e uma dor de cabeça para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A federação obriga que os partidos que a compõem fiquem juntos por quatro anos, uma garantia de que estarão unidos nas eleições municipais do ano que vem e principalmente na Assembleia, onde devem, por vias diferentes, apoiar o governo de Jorginho Mello (PL).
Pôr na mesma sala o senador Esperidião Amin, um dos líderes históricos do PP, e o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, presidente estadual do União, já é uma demonstração de unidade e tanto, visto que a relação paroquial entre ambos na Capital sempre foi de altos e baixos, embora a narrativa seja de que não restam arestas que os divida.
Nesta construção, também estão empenhados o presidente estadual do PP, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços e ex-deputado Silvio Dreveck, o 1º vice-presidente estadual do União, o deputado federal Fábio Schiochet, e os deputados estaduais Jair Miotto, Marcos da Rosa e Sérgio Guimarães, do União, e José Milton Scheffer, Altair Silva e Pepê Collaço, do PP.
Aviso a Lula foi dado pelo presidente da Câmara dos Deputados
O deputado Arthur Lira (PP-AL) foi emissário de que Lula não tem a maioria para fazer as reformas constitucionais, três quintos de deputados federais e senadores, quadro agravado quando formalizada a federação, um empecilho para fazer emendas à Constituição.
A declaração foi feita na segunda (6), durante a reunião do conselho político da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que tem o ex-senador e governador Jorge Bornhausen como integrantes, e que tinha o ex-deputado federal Paulo Bornhausen na plateia, ambos do PSD.
Caminho é ser oposição ao Planalto
O União Brasil tem três ministérios na Esplanada, um deles sob ataque por conta do passeio equestre do ministro Juscelino Filho (Comunicações), mas isso nunca foi sinônimo de apoio integral da bancada do partido ao presidente da República.
Basta ver a posição de Santa Catarina, onde tanto PP quanto União, com os dois representantes são opositores ao Planalto, daí o foco em enfraquecer Juscelino Filho, para gerar desconfiança na parte do União que está com Lula.
Não à toa, a deputada federal catarinense Julia Zanatta (PL) denunciou Juscelino à Procuradoria Geral da República e ao Tribunal de Contas da União pelo uso de um avião da Força Aérea Brasileira na viagem a São Paulo, que, além da agenda oficial, incluía um leilão de equinos, porque para a oposição é melhor deixar a maior bancada na Câmara, a ser criada, com 115 parlamentares, contra Lula, que aceitou as justificativas do deputado-ministro.
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