Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 40 anos de profissão, 18 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Operação Mensageiro

Por que o maior escândalo de corrupção nas prefeituras de SC ainda não acabou?

Até hoje, Gaeco e Geac efetuaram as prisões de 16 prefeitos, 1 vice e um vereador, além de dezenas de empresários e funcionários

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Divulgação/MPSC
Divulgação/MPSC

Iniciada no dia 6 de dezembro de 2022, quando foram efetuadas as primeiras prisões e emitidos os primeiros mandados de busca e apreensão, a Operação Mensageiro, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) consiste na maior ação contra grupos criminosos que agem em prefeituras, notadamente no setor de coleta de lixo.

Centrado em denúncias que levaram há meses de investigações e acompanhamento de assessores e mandatários que aceitaram o assédio financeiro de empresários do setor, o conjunto de provas atingiu 16 prefeitos, um vice e um vereador e dezenas de empresários e seu funcionários, todos presos. Nesta terça-feira (19), a Mensageiro chegou à sexta fase, sem perspectiva de terminar, com três prisões de empresários e busca e apreensão em 11 municípios.

O evidente conluio entre Poder Público e iniciativa privada, revelou pelas mãos de forças-tarefas compostas pelo Ministério Público, polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, além da Polícia Científica, um escândalo sem igual nas prefeituras de Santa Catarina.

Recentemente, perguntada pela coluna sobre o porquê dos crimes relacionados à corrupção com o dinheiro público não tiveram fim no Estado, a procuradora-geral de Justiça Vanessa Cavallazzi declarou que os gestores público sabem que existe a fiscalização, o controle, que o Ministério Público continuará sempre olhando o que se faz como dinheiro público, e devem esperar este rigor sempre.

Números impressionantes mudaram carreiras políticas

Ao todo, 10 prefeitos e um vice presos renunciaram ao cargo por conta das investigações da Operação Mensageiro, o que demonstra a efetividade da ação.

Em outros três casos, houve a extinção dos mandatos e somente três mandatários completaram o mandato.

Foi a maior tarrafada contra o crime organizado, que atuava em prefeituras catarinenses de quase todas as regiões e partidos políticos.

O quadro a seguir mostra o que ocorreu em termos práticos:

PrefeitoMunicípioPartidoSituação
Luiz Henrique SalibaPapanduvaPPMandato extinto
Deyvison SouzaPescaria BravaMDBRenunciou
Vicente Corrêa CostaCapivari de BaixoPLRenunciou
Marlon NeuberItapoáPLRenunciou
Joares PonticelliTubarãoPPRenunciou
Caio Tokarski (vice-prefeito)TubarãoUnião BrasilRenunciou
Antônio CeronLagesPSDConcluiu
Antônio RodriguesBalneário Barra do SulPPMandato extinto
Luiz Carlos TamaniniCorupáMDBRenunciou
Luiz Divonsir ShimoguiriTrês BarrasPSDRenunciou
Luis Antonio ChiodiniGuaramirimPPRenunciou
Adriano PoffoIbiramaMDB
Patrick CorrêaImaruíRepublicanos
Sesar TassiMassarandubaMDBRenunciou
Adilson LisczkovskiMajor VieiraPatriotaMandato extinto
Alfredo Cezar DreherBela Vista do ToldoPodemosRenunciou
Felipe VoigtSchroederMDBRenunciou

*Lista apurada a partir da Operação Mensageiro do Gaeco e Gaec e de dados do TRE/SC

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