PF diz que não há catarinenses na mira da operação contra facção
Um dos alvos dos criminosos seria o senador Sérgio Moro
• Atualizado
O diretor-geral da Polícia Federal (PF) Andrei Rodrigues declarou, na manhã desta quarta (22), em Florianópolis, que não há ação em Santa Catarina ou contra catarinenses na Operação que desmantelou os planos da facção criminosa, o PCC, de fazer reféns e assassinar autoridades, entre elas o ex-juiz federal e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).
Andrei participou da posse da nova superintendente da PF no Estado (foto), delegada Aletea Marone, na sede da corporação na Capital catarinense.
Segundo a Polícia Federal, os suspeitos planejavam crimes de homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, São Paulo e Mato Grosso.
Acredita-se que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Mais de 30 mandados judiciais foram emitidos e os criminosos pretendiam retaliar por conta de um decreto do governo Bolsonaro que proibiu ou limitou visitas em presídios federais.
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Fato ocorre depois de entrevista polêmica de Lula
Ter o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro como um dos alvos da ação da facção criminosa criou mais uma narrativa para os adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, 24 horas antes, chorou ao dar uma entrevista ao site Brasil 247 ao declarar que, todos os dias, quando perguntado por procuradores da República e policiais federais de como estava, dizia que só estaria bem quando “foder” com Sérgio Moro.
Os fatos ocorriam quando Lula estava preso na carceragem da PF em Curitiba, mas com a operação contra quem ameaçava a segurança de Moro agora, ganhou amplificação.
Na mesma entrevista, Lula disse que “estava ali (na carceragem) para se vingar”, fato que já ganhou uma versão diferente para os bolsonaristas, a de que o governo do petista irá retaliar.
Já Moro, que como ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, mandou transferir vários chefes do crime organizado para prisões de segurança máxima, ganhou uma revitalizada política, pois andava esquecido, no segundo escalão do Senado, mas Lula deu um jeitinho para transformá-lo em figura central, jogar holofotes sobre o ex-magistrado.
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