Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 40 anos de profissão, 18 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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De olho em 2026

Pesquisa sem Lula e Bolsonaro: esquerda tem poucas opções, direita precisa se definir

Sem o atual presidente, números do Paraná Pesquisas indicam melhor cenário para os conservadores

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Arte sobre fotos/SCC SBT
Arte sobre fotos/SCC SBT

O Paraná Pesquisas projetou o que é pergunta de muitos eleitores na corrida à Presidência, em 2026: como fica o cenário em uma eventual ausência de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa. O levantamento realizado entre 7 e 10 de janeiro fez a simulação de vários cenários junto aos eleitores, nenhum deles com Jair Bolsonaro, que está com os direitos políticos cassados e ainda tenta reverter a condição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O que o apontamento do Paraná Pesquisas indica é o enfraquecimento da esquerda, que só se torna viável para vencer com a permanência de Lula no páreo, embora o ex-governador do Ceará e prefeito de Fortaleza Ciro Gomes, do PDT, apareça em segundo em vários cenários, sempre nas primeiras posições. Com a pulverização de vários candidatos da direita em função da não presença de Bolsonaro, Michelle, a ex-primeira-dama, acaba por perder eleitores, enquanto que o governador Tracísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, assume a ponta sem a presença do atual inquilino petista do Palácio do Planalto.

O que tudo leva a crer é que a direita terá que se definir entre Tarcísio e Michelle ou ambos em uma chapa, antes de Jair Bolsonaro obter algum sucesso no TSE e a elocubração sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL)-SP) na condição de vice distancie o ex-presidente da disputa, pois os conservadores ainda têm Ronaldo Caiado (União Brasil) e Pablo Marçal (PRTB). Já para a esquerda, cabe a reflexão de encontrar um nome para substituir Lula ou bancar a tentativa de um quarto mandato com resultados imprevisíveis, principalmente em função do estado de saúde do presidente. Basta avaliar que foram feitas simulações com Fernando Haddad (atual ministro da Fazenda), com resultados que não superam o razoável, e Gleisi Hoffmann (deputada federal e presidente nacional do PT) e Camilo Santana (senador pelo Ceará e atual ministro da Educação) sem qualquer resultado positivo.

Veja os cenários do Paraná Pesquisas:

Cenário 2026: Michelle substitui Jair Bolsonaro
Lula (PT) 34,5%
Michelle Bolsonaro (PL) 20,7%
Ciro Gomes (PDT) 12,9%
Pablo Marçal (PRTB) 11,5%
Ronaldo Caiado (União) 6,6%
Helder Barbalho (MDB) 1,6%
Brancos/Nulos 8,4%
Indecisos 3,8%
Fonte: Instituto Paraná Pesquisas
Cenário 2026: Michelle substitui Jair Bolsonaro e Fernando Haddad substitui Lula
Michelle Bolsonaro (PL) 29,5%
Ciro Gomes (PDT) 21,7%
Fernando Haddad (PT) 17,9%
Ronaldo Caiado (União) 8,2%
Helder Barbalho (MDB) 2,6%
Brancos/Nulos 15,2%
Indecisos 4,8%
Fonte: Instituto Paraná Pesquisas
Cenário 2026: Tarcísio de Freitas substitui Jair Bolsonaro
Lula (PT) 35,2%
Tarcísio de Freitas (Republicanos) 25,3%
Ciro Gomes (PDT) 15,2%
Ronaldo Caiado (União) 7,4%
Helder Barbalho (MDB) 1,8%
Brancos/Nulos 10,9%
Indecisos 4,3%
Fonte: Instituto Paraná Pesquisas
Cenário 2026: Tarcísio substitui Bolsonaro e Haddad substitui Lula
Tarcísio de Freitas (Republicanos) 26,6%
Ciro Gomes (PDT) 23,7%
Fernando Haddad (PT) 18,1%
Ronaldo Caiado (União) 8,4%
Helder Barbalho (MDB) 2,8%
Brancos/Nulos 15,6%
Indecisos 4,9%
Fonte: Instituto Paraná Pesquisas

O campo da pesquisa

O instituto ouviu 2.018 eleitores entre os dias 7 e 10 de janeiro em 164 municípios do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.

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