Partidos já projetam o futuro depois da fase do balanço eleitoral
Republicanos, Novo e PP vivem situações de afirmação de olho em 2026
• Atualizado
O Republicanos afirma que a eleição de quatro prefeitos, seis vices e 56 vereadores, em 2024, traduz o sucesso do partido em Santa Catarina. Quando fez esta avaliação, o presidente estadual Jorge Goetten estava acompanhado do governador Jorginho Mello (PL), durante um encontro, em Palhoça, que celebrou a vitória nas urnas.
Embora reforce a parceria com o PL, Goetten, que enaltece o apoio de Jorginho, tem consciência de que ser visto como um partido auxiliar do governador terá que passar por avaliações futuras. A consolidada aliança para 2026, no projeto à reeleição, não deve tirar o foco do Republicanos de que é necessário planejar uma chapa forte para as eleições à Assembleia e à Câmara dos Deputados, até porque significa um incremento que interessa à sustentabilidade da sigla em termos nacionais.
O lema do Republicanos tem muito disso, “o partido mais conservador do país”, onde estão abrigados, entre outros, o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, virtual candidato à Presidência caso Jair Bolsonaro (PL) não derrube a inelegibilidade, além dos senadores Damares Alves (DF) e Hamilton Mourão (RS), ex-vice-presidente da República. Vale o mesmo para a Assembleia, onde tem apenas uma cadeira, a do deputado Sérgio Motta, que está no segundo mandato.
No Novo, desafio começa pela política de alianças
O Partido Novo homenageou 16 candidatos a vereador de Blumenau – que juntos conquistaram 20.857 votos -, entre eles os eleitos Bruno Win e Diego Nasato, além de uma menção especial ao atual vereador Emmanuel Tuca, pela excelência do mandato nos últimos quatro anos, o primeiro na maior cidade da região. O reconhecimento também inclui o candidato à prefeitura, Odair Tramontin, e o seu vice Wagner Alemão (PSD), que garantiram 30% dos votos válidos (55.968).
O evento foi uma espécie de largada para manter a sigla mobilizada para 2026. Tanto que o presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, que é catarinense; o vice-presidente estadual Adilson de Sousa e o deputado federal Gilson Marques, que é da região do Vale do Itajaí, estiveram presentes. O desafio do partido para a próxima eleição é garantir uma política de alianças robustas, depois de ter aumentado a parceria com o PSD este ano.
O Novo elegeu três prefeitos em Santa Catarina: o reeleito Adriano Silva mais a vice Rejane Gambin), em Joinville; Arão Josino da Silva, em Ascurra, no Vale do Itajaí, que havia sido eleito pelo PSD, em 2020; e elegeu Eddy Edgard Eipper, em Corupá, no Norte do Estado. Forças combinadas para dar um voo mais alto daqui a dois anos.
PP busca o consenso à presidência da sigla e mais
Com três deputados estaduais, um senador, 53 prefeitos, 45 vices e 454 vereadores, o Progressistas catarinense mantém a posição de uma das maiores siglas do Estado, e, justamente por isso, precisa mostrar força na próxima disputa, em 2026. Um dos compromissos já está selado: o apoio à reeleição de Jorginho Mello (PL).
O que está em pauta é uma tentativa de consenso para a escolha do presidente estadual. O atual comandante, o ex-deputado Leodegar Tiscoski está otimista com a ideia de união, principalmente baseado no desempenho em 2024.
No último encontro, marcado por apertos de mãos, o PP viu lado a lado o senador Esperidião Amin, os deputados estaduais Altair Silva, José Milton Scheffer e Pepê Collaço; o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Sílvio Dreveck (ex-presidente da Assembleia); o secretário-geral estadual e nacional do PP, Aldo Rosa; e o tesoureiro estadual, Amaro Lucio da Silva. A questão será pôr em prática a força nas urnas em 2026, onde tem muitas frentes para reafirmar: a reeleição de Amin, a recuperação de uma cadeira na Câmara Federal e a ampliação de cadeiras na Assembleia, esforço que irá muito além do apoio a Jorginho tão somente.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSky, Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO