Os passos que faltam para o MDB assumir mais espaços no governo Jorginho
Sigla deverá tomar uma decisão neste mês para integrar duas novas secretarias e a Fesporte
• Atualizado
No tradicional almoço desta terça-feira (4), o primeiro do ano, a bancada do MDB deve deliberar o deputado Volnei Weber como novo líder, mais do que uma questão de compensação depois que o parlamentar ensaiou e desistiu de pedir votação avulsa para a 1ª vice-presidência da Mesa Diretora, que ficou com Fernando Krelling.
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Weber é uma das vozes entre os seis deputados estaduais da segunda maior bancada na Assembleia que preferem que a sigla amplie os espaços na Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente e Economia Verde, além da presidência da Fesporte, espaços assegurados pelo governador Jorginho Mello (PL), com a possibilidade da ocupação de diretorias.
Já entre os demais três deputados federais e a senadora Ivete Appel da Silveira, a maioria tem o mesmo entendimento: o MDB ampliará os espaços no governo Jorginho, hoje restritos ao deputado Jerry Comper, secretário de Infraestrutura e Mobilidade, que ganhará mais autonomia na pasta. A reunião que confirmará esta participação deverá ser depois de quinta-feira (6), com a presença do deputado federal Carlos Chiodini, presidente estadual da legenda, quando, de forma presencial, a maioria dos integrantes das bancadas estadual e federal tendem a dizer sim a Jorginho, rotulado de centralizador pela bancada do MDB.
Não será uma decisão fácil, pois pelo menos o deputado Mauro De Nadal, que comandou a Assembleia por três anos, e o deputado federal Rafael Pezenti, da ala mais bolsonarista do MDB, buscarão apoio em outros parlamentares para manter Jerry no governo, mas não assumir mais espaços, com a proposta de ouvir as bases antes de tomar qualquer caminho na novela que se arrasta há meses. Aliás, a busca de cargos é desmentida por Mauro, que prefere certa equidistância, sem tirar os emedebistas na Assembleia da base de Jorginho.
Garantir que este acordo, por ora, significará um “casamento” para o projeto de Jorginho à reeleição, é tão incerto quanto frágil. O MDB tem várias vertentes, segmentos, que sempre optaram por atrair mais espaços na chapa majoritária na era pós-Luiz Henrique da Silveira, enquanto já, neste momento, uma posição de vice ao lado de Jorginho parece pouco para quem sonha em disputar igualmente uma vaga ao Senado.
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