Os números que Décio e Jorginho precisam superar

Um recorte com a análise dos votos nos 11 maiores colégios eleitorais de Santa Catarina, que representam 50,13% dos votos em disputa nesta eleição, projetam o tamanho do desafio de Jorginho Mello (PL) e de Décio Lima (PT) para chegar ao governo do Estado e amealhar a maioria dos 5.489.658 eleitores aptos, considerada ainda a abstenção de 18,46%, no primeiro turno, que resultou em 4.471.619 válidos.

Nos 11 maiores colégios eleitorais, que possuem 2.242.001 eleitores, Jorginho venceu em 10 deles, ficou em terceiro somente em um (Florianópolis) e Décio deixou de ser o segundo colocado em quatro cidades: São José, quarto maior, onde Gean Loureiro (União) ficou em segundo; Criciúma, sétimo maior, superado por Carlos Moisés (Republicanos) e Esperidião Amin (PP); Palhoça, oitavo maior, posição ocupada por Gean; e Lages, nono maior, onde ficou atrás de Moisés e Gean.

Na matemática eleitoral, a questão é saber para onde irão parar os 1.765.048 votos dados a Moisés, Gean, Amin, Odair Tramontin (Novo) e Ralf Zimmer Júnior (Pros), em tese para Jorginho pelo viés mais à direita, ou os 25.638 dados a Jorge Boeira (PDT) e Alex Alano (PSTU), claramente de esquerda e em direção a Décio.

Nesta distribuição há ainda a forte influência da eleição presidencial, cujo patrimônio eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) supera o de Lula (PT) no Estado.

Portanto, o trabalho de Décio é hercúleo e o de Jorginho de manutenção, o que não significa favas contadas, porque a preocupação de ambos, que também trabalham para os presidenciáveis, é a mesma: evitar a debandada que historicamente se verifica no segundo turno.

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