Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

Orvino troca debate por posse na Assembleia e falta ao segundo encontro consecutivo

Assessoria disse que o prefeito teve reunião para tratar do Complexo Hospitalar

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Orvino troca debate por posse na Assembleia e falta ao segundo encontro consecutivo | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Orvino troca debate por posse na Assembleia e falta ao segundo encontro consecutivo | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Candidato à reeleição em São José, o prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) esnobou os dois debates à prefeitura do quarto maior colégio eleitoral do Estado: um na Rádio Jovem Pan News, na segunda-feira (9), e outro na Rádio CBN Floripa, na terça-feira (10).

De acordo com a assessoria, Orvino privilegiou a agenda técnica, não foi ao primeiro porque tinha uma compromissos administrativos, e, ao segundo, por estar reunido com as equipes de saúde e Procuradoria do município para discutir a elaboração do edital de chamamento do Complexo Hospitalar de São José, área à qual visitou. Depois, nesta terça-feira (10), foi prestigiar a posse do deputado suplente Alex Brasil (PL), na Assembleia, ao lado do filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.

A estratégia de Orvino tem sido se aproximar do núcleo mais conservador do bolsonarismo josefense, uma forma de atacar a maior adversária, Adeliana Dal Pont (PL). O problema é que a ausência de Orvino não foi poupada pelos demais candidatos presentes aos debates.

Adeliana aponta a cadeira vazia de Orvino, em debate na JP News | Reprodução: Redes Sociais

Adeliana começou a chamar o adversário de “prefeito-fujão”, críticas também seguidas por Moacir da Silva (Podemos) e Antônio Battisti (PT). A ausência e as cadeiras vazias nos debates são mais um capítulo na disputa acirrada em São José, quinta maior economia do Estado e que deve ter segundo turno daqui a quatro anos, se mantida a progressão de eleitores – são necessários 200 mil inscritos na Justiça Eleitoral, hoje tem 191.370.

A eleição na cidade trata-se de uma conquista territorial importante, tanto para o PSD, de Orvino, quanto para o PL, de Adeliana, Jorginho e Bolsonaro. Não há quem queira perder esta parada.

Operação gera mesmo discurso em Forquilhinha

O prefeito José Claudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), soltou o verbo depois da Polícia Civil deflagrar a Operação Cyperus, com 14 mandados de busca e apreensão no município, além de Criciúma e Nova Veneza, na investigação de práticas de associação criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação relacionadas a um pregão presencial. Neguinho, que é candidato à reeleição, usou o mesmo discurso do prefeito Clésio Salvaro (PSD), de Criciúma, de que há ingerência política na operação, justamente às vésperas da eleição e atiçou seu eleitores.

De acordo com as investigações, a empresa vencedora da licitação, destinada à contratação de serviços de manutenção, não possui sede física e é considerada uma empresa de fachada, com evidências significativas de que a contratada não prestou os serviços conforme contratado. Há ainda uma dúvida sobre a empresa ter sido constituída por um “laranja” e a busca para estabelecer se um ex-servidor é sócio oculto em outras empresas em nome de familiares.

É improvável que a estrutura do Estado, dos poderes constituídos se preste a este de papel. Normalmente são os conservadores que levantam estas questões preocupantes, mas o governador do Estado é um deles.

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