Oposição obstrui trabalhos no Congresso com apoio de deputados catarinenses
Deputados federais e senadores dizem que só deixam os locais se pautas "para apaziguar o país" comecem a tramitar
• Atualizado
Com o apoio dos deputados catarinenses, a oposição articulou a obstrução dos trabalhos no Congresso Nacional em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As mesas que comandam os trabalhos nos plenários da Câmara e do Senado foram tomadas por parlamentares da oposição, no início da tarde desta terça-feira (5), quando recomeçam as atividades após o fim do recesso nas duas casas.
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O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, do Rio de Janeiro, fez uma manifestação em frente à mesa no plenário, onde ao fundo estavam diversos parlamentares, entre eles os catarinenses Caroline de Toni (líder da minoria), Daniela Reinehr e Zé Trovão, todos do Partido Liberal, devidamente amordaçados para denunciar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por arbitrariedade.
O pano de fundo é a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por descumprimento de medidas cautelares, determinada por Moraes. Todos os parlamentares estão amordaçados em protesto contra o que qualificam de censura.
Sóstenes disse que nenhum parlamentar deixará o local, nos dois plenários, enquanto os presidentes Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) não decidirem colocar em pauta temas para apaziguar o país. O líder do PL se refere ao projeto que anistia os envolvidos nos episódios de 8 de janeiro de 2023 e o que propõe a abertura de um processo de impeachment contra Moraes.
Assista ao vídeo:
No Senado, Amin e Seif também participam
O senador Jorge Seif (PL) também postou um vídeo nas redes sociais para mostrar como está a obstrução no plenário do Senado.
Nas imagens aparecem, além de Seif, o senador Esperidião Amin (PP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, mais outros parlamentares.
Entenda o que é prisão domiciliar
Moraes justificou a medida afirmando que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF, ao participar, mesmo que de forma remota, de atos públicos promovidos por apoiadores no último domingo (3). O ministro citou a veiculação de conteúdo nas redes sociais dos filhos do ex-presidente e anexou à decisão capturas de tela de publicações feitas por Flávio (PL-RJ) e Carlos Bolsonaro (PL-RJ), além do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em uma ligação telefônica transmitida ao vivo durante manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, Bolsonaro mandou um recado aos manifestantes: “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”. O vídeo foi publicado no Instagram e apagado horas depois.
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