O PT que reclama do sucesso de Jorginho Mello
Ex-prefeito Carlito Merss conta como o senador foi para o PL
• Atualizado
Quem ouve o desabafo do ex-prefeito de Joinville, deputado estadual e federal Carlito Merss começa a entender o porquê há tantos petistas arrependidos em relação ao sucesso de Jorginho Mello (PL), agora favorito ao governo do Estado.
Carlito afirma que, o desfecho em novembro de 2012, quando o então deputado federal Valdemar da Costa Neto (SP) entregou o comando do PR, hoje PL, ao deputado federal Jorginho Mello – ambos estão na foto principal -, foi resultado da articulação dele, da senadora Ideli Salvatti (PT) e do já ex-deputado federal Cláudio Vignatti, hoje no PSB.
Foram os três petistas, assegura Carlito, que convenceram Valdemar a praticar o gesto.
Enquanto isso, Jorginho garantiu, na Justiça Eleitoral, o direito de sair do PSDB, depois de uma desavença com o então presidente estadual da sigla, o ex-governador Leonel Pavan, sem o risco de perder o mandato.
Há quase uma década, Jorginho tinha convites do MDB, PDT, PP e inclusive do PT. Até pensou, à época, em se filiar ao PSD, partido recém-criado por Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, para dar sustentação ao governo de Dilma Rousseff (PT). Mas optou pelo PR porque com a filiação receberia o comando estadual da legenda.
A pergunta mais frequente de Valdemar ao trio de petistas, antes de sacramentar a filiação, era se eles confiavam em Jorginho.
A história de um partido agarrado ao poder
O restante é de conhecimento público: o PR/PL sempre esteve no governo, nas asas do Centrão. Apoiou os governos do PT e o de Michel Temer (MDB), está com Jair Bolsonaro e não terá problema algum em embarcar em um eventual novo governo de Lula (PT), para ojeriza dos muitos eleitos pela sigla em Santa Catarina, com viés bolsonarista.
Tanto Valdemar da Costa Neto, que chegou a ser preso e condenado por corrupção – fato que o levou a renunciar ao mandato de deputado federal, em dezembro de 2013 -, quanto Jorginho Mello, que manteve a biografia limpa, prosseguem à frente do PL desde então, sinal de que há longevidade no comando da sigla.
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