O primeiro ato de Blasi foi sobre a Praça Tancredo Neves
Revitalização do espaço terá Poderes e a prefeitura de Florianópolis como parceiros
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A assinatura de um convênio para a elaboração de um projeto para a revitalização da Praça Tancredo Neves, localizada entre o Tribunal de Justiça, a Assembleia e o Tribunal de Contas, no Centro de Florianópolis, marcou o primeiro ato oficial do governador em exercício João Henrique Blasi, na Casa d’Agronômica, nesta quarta-feira (25). Blasi iria inaugurar o novo Fórum de Timbó, logo depois da solenidade transmissão de cargo, na tarde terça-feira (24), mas a viagem até o Vale do Itajaí foi cancelada.
O convênio entre o governo do Estado e a prefeitura de Florianópolis prevê o repasse de R$ 3,3 milhões dos cofres catarinenses para contratação de empresa que vai elaborar o projeto básico de arquitetura e urbanismo. O sonho de ter um espaço público com estacionamento subterrâneo, área de lazer, além de estruturas para espetáculos ao ar livre, lanchonete e cafeteria, deve sair do papel.
A área da praça hoje serve apenas para raras manifestações, comícios eleitorais e assembleias de servidores públicos. Além do investimento do Estado para o projeto, a obra vai receber recursos do judiciário catarinense, do Tribunal de Contas do Estado e da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Cada um se comprometeu a desembolsar R$15 milhões, totalizando R$ 45 milhões para a melhoria do local. De acordo com o prefeito Topázio Neto (PSD), a responsabilidade agora está com o município, que deve cuidar dos trâmites burocráticos em um prazo para elaboração do projeto de 12 meses, com início da obra ainda em 2024.
Presentes à assinatura, o deputado Maurício Eskudlark (PL), presidente em exercício da Assembleia; o desembargador Altamiro de Oliveira, presidente em exercício do Tribunall de Justiça; e o conselheiro José Nei Ascari, presidente em exercício do TCE. Também estavam o secretário Jerry Comper (Infraestrutura), o adjunto Ricardo Grando e o deputado estadual Pedro Silvestre, o Pedrão (PP).
Evento da posse reuniu a política e a magistratura
A transmissão do cargo de Jorginho Mello (PL) para João Henrique Blasi teve muitos significados, mas prevaleceu o da homenagem ao Poder Judiciário e ao seu presidente, um homem público com marcante passagem política. Enquanto alguns chegavam a comentar, bem baixinho, que o MDB voltava a governador Santa Catarina por cinco dias, o desembargador Blasi, que interrompeu a carreira política ao assumir o posto no TJ, há 16 anos, lembrava que tinha aulas particulares de Física, Química e Matemática, em 1974, ao lado do filho do então governador Colombo Machado Salles (Arena), em um dos prédios anexos à residência oficial.
A constante presença na Casa d’Agronômica (releitura do nome dada pelo ex-governador Luiz Henrique, na década de 2000) foi uma das partes mais interessantes no discurso de Blasi, em que enalteceu os ex-governadores Pedro Ivo de Figueiredo Campos, a partir de 1987, mais adiante Paulo Afonso Evangelista Vieira, depois de 1995, e o próprio Luiz Henrique da Silveira, empossado em 2003, todos do (P)MDB. Ao lado da política com a presença ostensiva de deputados, ex-deputados, entre eles a ex-prefeita da Capital e deputada federal Angela Amin (PP), estavam magistrados do Tribunal de Justiça, como o ex-presidente Ricardo Roesler, citado no discurso, e ainda o ex-ministro do STJ e ex-presidente da corte, Jorge Mussi.
À plateia, Blasi trouxe a família, a mulher, filhos, noras, genros e netos. Mas quem chamou a atenção, inclusive do governador que se licenciava, foram a mãe do magistrado, Luiza Helena Machado Blasi, de 90 anos, e a sogra, Inge Jannis, de 92 anos.
Assista ao vídeo com o comentário sobre o Pacote de Projetos que o Executivo envia à Assembleia na semana que vem, exibido no SCC Meio-Dia, desta quarta-feira (25):
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