O pouco promissor namoro de Jorginho com o Novo
Governador ficou ao lado dos líderes do Novo em evento dos 85 anos do SCC
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Um almoço por adesão, na sexta-feira (8), marcará o retorno oficial do promotor de Justiça aposentado Odair Tramontin ao Novo, de Blumenau. Tramontin disputou a eleição à prefeitura em 2020 e ficou em terceiro lugar, agora é nome de ponta, tanto que o adversário Jorginho Mello (PL), com quem concorreu ao governo, em 2022, o convidou para se filar à sigla, sem sucesso.
Tramontin foi o sexto colocado ao governo, mas isso não o impediu de se consolidar como mais uma liderança de direita em Santa Catarina, um liberal com perspectivas, justamente no terceiro maior colégio eleitoral do Estado, peça fundamental para Jorginho se quiser chegar mais fortalecido no projeto à reeleição.
De lá para cá, o governador que preside o PL catarinense já fez vários movimentos: trouxe o prefeito Mário Hildebrandt para o partido, processo de convencimento que passou por apaziguar o grupo do deputado Ivan Naatz, e filiará o deputado Delegado Egídio Ferrari (ainda no PTB), que era cortejado pelo MDB. Naatz e Egídio são opções à prefeitura, mas Hildebrandt, a cada dia que passa, vê diminuir as chances de emplacar a vice Maria Soar (ainda no PSDB) na corrida municipal.
O pré-candidato Tramontin também tem trânsito entre outras siglas de direita, como o PP, do senador Esperidião Amin. Os dois foram flagrados, durante as comemorações dos 85 anos do Grupo SCC, em Florianópolis, em um cochicho que demorou mais do que o usual. O Novo precisa de alianças para garantir tempo de rádio e TV no pleito de outubro, pois não fez os sete deputados federais que garantiriam o espaço.
Aproximação de Jorginho com Adriano Silva em Joinville
Não faltaram agrados de Jorginho ao prefeito Adriano Silva (Novo), de Joinville. Do protocolar telefonema quando chegava à cidade, para pedir “permissão” para entrar, aos afagos públicos, outra estratégia que não progrediu.
No meio do caminho de Jorginho tem o projeto pessoal do deputado Carlos Henrique de Lima, o Sargento Lima, secretário estadual de Segurança Pública, que mobiliza os conservadores no município mais populoso de Santa Catarina, também reduto da vice-governadora Marilisa Boehn. Se a intenção era ter o apoio indireta do eleitor, que dá mais de 75% de aprovação a Adriano, Jorginho sabe que, durante a campanha, a mais do provável chuva de críticas que Lima despejará à gestão do atual prefeito, dificultará ainda mais ficar com um pé em cada canoa.
Joinville é vital para as pretensões do governador em 2026, portanto não é momento de criar uma crise no seio conservador de uma das cidades mais bolsonaristas do Estado. Este namoro com o Novo parece ser platônico, mesmo que o governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, amigo de Jorginho, entre em campo para assegurar um apoio velado a Adriano, algo que na política não ganha adesões, mas cheira traição.
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