Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Referência profissional

O jornalismo perde Carlos Fehlberg

Ex-diretor de Zero Hora e Diário Catarinense, morreu neste domingo, em Florianópolis

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REPRODUÇÃO/AGÊNCIA RBS
REPRODUÇÃO/AGÊNCIA RBS

Aos 88 anos, o jornalista Carlos Machado Fehlberg deixou uma legião de admiradores, muitos deles ex-colegas e comandados, neste domingo (15), depois de ter sofrido um infarto no domingo passado (8) e ter sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Baía Sul, em Florianópolis, onde estava desde o dia 10, e onde faleceu pela manhã.

Fehlberg fez história na imprensa brasileira, onde começou nos anos 1950 no Jornal do Dia e uma década depois se transferiu para Zero Hora, ambos de Porto Alegre, para escrever sobre política estadual.

Em 1968, o gaúcho de Bagé foi trabalhar com o conterrâneo presidente-general Emílio Garrastazu Médici, na Secretaria de Imprensa da Presidência da República, em Brasília.

Fehlberg retornou ao Rio Grande do Sul, em 1974, como diretor de redação de Zero Hora, posto que ocupou até 1992. Depois, atuou na direção do Diário Catarinense entre 1992 a 1998, já na Capital catarinense, e foi membro do Conselho Superior da Associação Catarinense de Imprensa (ACI).

Nos últimos anos, Carlos Fehlberg, que era médico por formação, mas optou pelo jornalismo, enfrentou um acidente vascular cerebral (AVC) e outros episódios que debilitaram a saúde, como uma insuficiência renal que sucedeu o infarto sofrido há uma semana.

Casado com a jornalista Estela Benetti, colunista de Economia da NSC, Fehlberg estava acompanhado da esposa e das filhas em seus últimos dias no hospital, divulgou o site GZH.

Referência nas redações por onde passou

Uma das mais fiéis colegas de Fehlberg, a jornalista Núbia Silveira, que foi editora-executiva do DC ao lado dele no comando da redação, escreveu no Facebook: “Quando entrei no jornalismo, em 1968, Fehlberg já era uma espécie de lenda entre os colegas. Formado em Medicina (…), nunca exerceu essa profissão. (…) Amigos costumavam lembrar das histórias de Fehlberg, um repórter bem informado que não media esforços para conseguir uma informação”.

Foi outro colega de redação, que o sucedeu à frente do DC, o jornalista Cláudio Thomas, que, na semana do internamento, avisou aos jornalistas que a situação era grave.

Tive a oportunidade de atuar no mesmo grupo de comunicação com Fehlberg e fiz parte do comitê editorial ao lado dele, na década de 1990.

A despedida a Carlos Fehlberg será a partir das 8h desta segunda-feira (16), na capela D do Cemitério Itacorubi, em Florianópolis. Às 11h, haverá uma cerimônia de despedida e o sepultamento será às 11h30min, também no mesmo Cemitério.

Manifestações de reconhecimento pela carreira vitoriosa do jornalista

O secretário de Comunicação do Estado, João Debiasi, e a Associação Catarinense de Imprensa divulgaram notas de pesar pela morte do jornalista, leia na íntegra:

“O secretário de Estado da Comunicação de Santa Catarina, João Evaristo Debiasi, juntamente com a equipe de comunicação do Governo do Estado, lamenta o falecimento neste domingo, 15, do jornalista Carlos Fehlberg, marido da também jornalista Estela Benetti.

Carlos deixa um importante legado profissional para a comunicação catarinense.

O velório será nesta segunda-feira, 16, em Florianópolis, na capela D do Itacorubi, com sepultamento às 11h30.”

NOTA DE PESAR

“A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) – Casa do Jornalista lamenta a morte, neste domingo (15), de Carlos Machado Fehlberg, ex-diretor de redação do Diário Catarinense e da Zero Hora e amigo de inúmeros repórteres, editores e outros profissionais que tiveram a oportunidade de dividir a redação e aprender com o médico por formação que optou pela carreira de jornalista. Foi também membro do Conselho Superior da ACI. Apaixonado pela reportagem e por política, Fehlberg comandou a redação do Diário Catarinense entre os anos de 1992 e 1998, dando inúmeras demonstrações de camaradagem e respeito com a equipe, de vasta cultura e da larga experiência profissional, características que garantiram a ele o carinho e a admiração dos colegas. Leitor contumaz, dono de grande capacidade de trabalho e entusiasmado pelo propósito de informar, Fehlberg era dos primeiros a chegar e dos últimos a sair da redação, sempre preocupado em produzir o melhor jornal possível, com furos de reportagem, análises e textos de qualidade. Nos últimos anos, debilitado por inúmeros problemas de saúde, contou com a companhia e cuidados da parceira de quase três décadas, sua esposa e também jornalista, Estela Benetti. Fehlberg deixa um legado de talento, amizades, paixão pela profissão, e a memória das muitas histórias que sabia contar como ninguém. Nossos sentimentos à família e amigos! A Diretoria”

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