O histórico de SC em tocar obras federais começou na década de 1960
Assunto ganhou força depois que Jorginho Mello sugeriu a estadualização da BR-282
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O anúncio do governador Jorginho Mello (PL), nesta sexta-feira (28), de que pedirá à União que transfira a responsabilidade de obras na BR-282, entre Florianópolis, no Litoral, e Paraíso, no Extremo-Oeste, para o governo do Estado, é mais um capítulo na histórica que provocou a necessidade de assumir rodovias federais. Os relatos começam na década de 1960, quando o então governador Celso Ramos (PSD, de 1961 a 1966), determinou o início da rodovia BR-470, que liga hoje Navegantes (SC) a Camaquã (RS), mas teve início no Vale do Itajaí em direção à Serra Catarinense, com recursos . O primeiro trecho da rodovia foi inaugurado em 1970, enquanto a segunda parte, entre Navegantes e Blumenau, ora em duplicação, veio na década de 1990.
Esta mesma BR-470 ganhou terceiras faixas entre Blumenau e Indaial, na primeira administração de Esperidião Amin (PP, à época no PDS), entre 1983 e 1987, por delegação feita pelo Ministério dos Transportes e pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), hoje Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT). O governo Amin foi o responsável, no segundo mandato, de 1999 a 2002, pela construção do acesso da rodovia a Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí.
Repasse gera polêmica até hoje
Em setembro de 2021, o então governador Carlos Moisés assinou um acordo com o então ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, que repassava R$ 465 milhões para obras de ampliação e revitalização das BRs 470, 280, 163 e 285, porque o governo federal não possuía verbas para que os trabalhos avançassem, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao todo, foram R$ 385 milhões dos cofres do Tesouro Catarinense que mantiveram as obras. O problema é que, até hoje, não houve o ressarcimento do que foi investido, tampouco a perspectiva doa quantia empregada ser abatida da dívida do Estado com a União.
Agora, o governador Jorginho Mello acena com a estadualização, desde que a União mantenha o repasse das verbas de manutenção, que depende de uma série de medidas burocráticas e da autorização do Congresso Nacional, pois todos os projetos em andamento precisam ser equalizados.
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