O bate e rebate do debate em Florianópolis
Candidato à reeleição, Topázio (PSD) foi o centro dos ataques e respondeu a todos
• Atualizado
A TV UFSC fez um debate com os candidatos à prefeitura de Florianópolis que possuem sete deputados federais eleitos, em 2022, e garantiu momentos de cobrança de pelo menos quatro deles ao prefeito Topázio Neto (PSD), candidato à reeleição, que, já, no início do programa, alertava sobre a estratégia dos adversários. Não demorou sequer um bloco para que os petardos fossem disparados e Topázio tivesse que responder, inclusive com direito de resposta concedido pela produção do debate.
Lela (PT) e Pedrão (PP) estrearam a cobrança sobre a prefeitura da Capital estar em mal situação financeira. Pedrão prometeu auditar todos os contratos e lembrou que seis das 18 secretarias estão “estão diretamente envolvidas em corrupção”. Lela atacou e disse que há filas nos postos de saúde.
Em direito de resposta, Topázio rebateu as denúncias dos adversários. Declarou que a administração dele está com os salários em dia, que tem dinheiro em caixa, e “acabamos de instalar um hospital e antecipei o décimo-terceiro”.
Emergência climática foi debatida
As mudanças no tempo e a emergência climática foram destacadas por Marquito (PSOL), que sugeriu mudar o modelo de atuação na cidade e perguntou a Dário sobre o desmonte da Comcap, Floram e Ipuf, órgão ligados à questão.
Dário, que relembrou ter feito a obra de revitalização do Maciço do Morro da Cruz, citou a prevenção como pano de fundo do problema e concordou as sugestões de Marquito, com o parênteses de não saber se há recurso em caixa para tanto, mas garantiu que reduzirá em 30% dos gastos e cargos da prefeitura.
Saúde entrou na pauta do debate
A questão da UPA do Rio Tavares por Dário, que perguntou a Lela sobre a desativação da unidade. Lela, que mora na região, disse que a população local está sendo prejudicada e desrespeitada, o que deixa o deslocamento para o Multihospital, no antigo terminal de passageiros do Aeroporto Hercílio Luz, muito caro para os moradores.
“Só existe uma pessoa e um vigia na UPA e, em dia de jogo na Ressacada, as pessoas não chegam”, disse. Dário afirmou que irá reabrir a UPA, reformar e fazer uma maternidade, enquanto Lela declarou que irá reabrir a policlínica e a farmácia, ao sugerir um pacto entre os candidatos sobre o assunto.
Cobrança sobre as prisões de assessores
Pedrão questionou Topázio, que é prefeito há dois anos, se é ele ou Gean Loureiro (União Brasil), o antecessor, o dono da corrupção e se devolveria o salário de vice-prefeito que ganhou no período ao lado do ex-prefeito. Topázio afirmou que o papel do vice é auxiliar o prefeito, “desenvolvi uma série de ações de tecnologia. E emendou: “tem que ver quem é que fez, a polícia é que vai dizer. Criei a Controladoria do município. Começamos a auditar os projetos de toda a prefeitura”.
Pedrão insistiu: o senhor nomeou Edmilson Carlos Pereira, o Ed, ex-secretário de Turismo (preso na Operação Presságio por fatos ocorridos na gestão anterior a de Topázio), e os demais investigados. O atual prefeito declarou que “não me evergonho por nada que eu fiz. A minha parte eu tenho feito, todo mundo foi afastado já no indiciamento”.
Cultura do asfalto e cobrança ecológica
Portanova (Avante) perguntou a Marquito se as promessas de implantação de mais asfalto, feitas pelos outros candidatos, são o futuro de Florianópolis, pois cada metro de pavimentação aumenta o clima, quando a perspectiva deveria ser aumentar o número de árvores, “pois esquecem que tem criança, mãe e carrinho (de bebê).
Marquito levou a questão para a necessidade de mudar o transporte coletivo, que não dá conta, com a troca do subsídio de passageiro para linha ou percurso, antes de implantar a Tarifa Zero, aumentando linhas e horários de ônibus, que serão interligadas com o uso de bicicletas ou o transporte aquaviário, por exemplo.
Nem o incêndio do caminhão do lixo escapou
Topázio sustentou que a defende uma política valorização do servidor público e tem preferido pôr efetivos de carreira para assumir setores como infraestrutura, alvará e educação. Mas perguntou para Portanova qual seria a postura dele, já que “enfrentamos dificuldade com o sindicato da categoria”, ao incluir acusação de pôr o fogo em um caminhão de lixo durante a greve na Comcap, no Norte da Ilha.
Portanova disse que o sindicato (SINTRASEM) é relevante por ser uma representação dos trabalhadores e ainda que “existem criminosos em todos os lugares”. E completou: “se houve um crime, a Polícia Civil que resolva”. Topázio assegurou que respeita o diálogo, “mas não posso admitir que um sindicato que diz representar servidores se envolve em crimes”.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSky, Instagram, Threads e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO