Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Denúncia contra o governador

Novo pedido de impeachment contra Moisés é casuísmo

O proponente, advogado Leandro Maciel, é candidato pelo PROS e foi um dos autores do primeiro processo, em 2020, contra o governador

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Foto: Mauricio Vieira | Secom
Foto: Mauricio Vieira | Secom

Com forte objetivo eleitoral e casuístico, foi protocolado na tarde desta segunda-feira (5) o terceiro pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés, assinado pelo advogado Leandro Ribeiro Maciel, candidato a deputado federal (PROS), o mesmo que já foi um dos proponentes do primeiro processo, em 2020, o que reforça a banalização da medida.

Leandro Ribeiro Maciel. Foto: Bruno Collaço | Agência AL

Na justificativa, Maciel argumenta que o uso da aeronave por Moisés em viagem a Bonito (MS), aparelho que também faz serviços de transporte médico, foi um passeio, em janeiro passado, que causou prejuízos ao Estado; sustenta ainda que houve uma suposta omissão na aquisição pelo Estado de novos leitos de UTIs neonatais e que a nomeação do deputado Romildo Titon (MDB) para secretário da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, condenado pelo Tribunal de Justiça na Operação Fundo do Poço, em 2019, são passíveis de enquadramento em crime de responsabilidade contra a probidade da administração.

Para o advogado, toda esta situação se deu por Moisés “não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição” e “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. 

Leandro Ribeiro Maciel é ligado ao defensor público Ralf Zimmer Júnior (PROS), hoje candidato ao governo, também autor do primeiro pedido de impeachment – equiparação dos salários dos procuradores do Estado aos procuradores da Assembleia.

Evidentemente que a ação tem finalidade eleitoral, pretende gerar uma imagem negativa ao candidato à reeleição, criar um fato novo no processo eleitoral e empurrar o problema para a Assembleia, que terá novas sessões somente dias 13 e 14 de setembro, pelo calendário especial que antecipou encontros no parlamento, o que torna improvável que o caso se desenvolva no primeiro turno.

A assessoria de Carlos Moisés afirmou que “um novo pedido de impeachment é mais uma demonstração de desespero dos adversários políticos do governador Carlos Moises”.

“Em um momento em que a sociedade espera por um debate de ideias, buscam espaço na mídia com ataques eleitoreiros. Moises segue sua campanha mostrando aos catarinenses o que fez nesses quase quatro anos de governo e suas propostas para o segundo mandato” acrescentou, em nota.

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