Novo debaterá o futuro em dezembro
Sem tempo de rádio e TV por causa da cláusula de desempenho, Novo tampouco terá espaço para debate dos líderes no dia a dia
• Atualizado
Com a eleição de apenas três deputados federais em 2022, o Novo teve uma desempenho não só decepcionante mas de perda do tempo de rádio e TV e da prerrogativa de apresentar destaques no plenário da Câmara. Por ter feito menos de cinco parlamentares no mandato a partir de 2023, tampouco terá o espaço para debate dos líderes no dia a dia e na discussão de matérias ou nas comissões temáticas da casa.
Por isso se reunirá em Brasília, mês que vem no dia 10, para debater o futuro no Congresso, durante um encontro de mandatários.
Mesmo que pondere que, nominalmente, a sigla cresceu 30%, e tenha reeleito o deputado federal Gilson Marques e o deputado estadual Matheus Cadorin, o único prefeito da legenda, Adriano Silva (foto), de Joinville, disse que a discussão será importante depois que a agremiação não conseguiu passar pela cláusula de desempenho, que um dia foi chamada de barreira.
Adriano Silva é uma das estrelas do partido e será ouvido com atenção neste novo movimento.
Presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro já descartou qualquer fusão para assegurar as prerrogativas da sigla ou incorporação de outro partido ou a formação de federações. Até porque não utiliza nenhum dos fundos, Eleitoral e Partidário, então o caminho seria a formação de um bloco com partidos de direita na Câmara.
A outra barreira é o programa do partido
A maior dificuldade do Novo é romper a barreira de seu estatuto, que prevê alianças e coligações apenas com siglas que tenham a mesma linha programática e ideológica, ou seja, quer um espelho difícil de encontrar um parceiro a não ser que flexibilize seus conceitos.
Sem tempo de rádio e TV, o Novo, que teve Felipe D’Ávila na disputa ao Planalto e Odair Tramontin ao governo catarinense, vê comprometido o projeto de eleição de prefeitos e vereadores em 2026, e isso deverá ser o fator decisivo para superar a restrição com queda de oito deputados federais para apenas três parlamentares em 2022.
Legendas fragilizadas optam por fusões, incorporações ou federações
Não só partidos que não alcançaram a cláusula de desempenho correm para se reestruturar e ficar mais fortes, principalmente em um Congresso dominado pelos conservadores do PL e com a necessidade de demonstrar independência ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
É o caso do Podemos, que confirmou a incorporação do Partido Social Cristão (PSC). E com direito a foto da deputada estadual reeleita Paulinha Silva com a presidente nacional o partido, a deputada federal Renata Abreu, reeleita por São Paulo para o terceiro mandato, onde também aparecem o deputado federal eleito Deltan Dallagnol (PR) e a deputada federal Rose Modesto (MS).
Curioso é que o Podemos virou o objeto do desejo de PSDB, Cidadania e MDB para formar uma federação ou mesmo para efetivar uma fusão, que traria acréscimo precioso com 72 deputados na Câmara e a maior bancada no Senado, posição defendida, entre outros, pelo governador reeleito do Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite.
Mas estas agremiações não são as únicas a se mexerem, pois Solidariedade e PROS já têm um acordo de fusão. Enquanto, de olho na cláusula de desempenho, PT, PCdoB e PV formalizaram uma federação, que vale pelos próximos quatro anos, antes mesmo da eleição, caminho idêntico ao adotado por PSOL e Rede Sustentabilidade.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias sobre ELEIÇÕES no seu whatsapp?
EU QUERO