Nos bastidores, a visita do ministro Renan Filho a SC foi partidária
Atenção ao MDB local esteve presente na agenda no Estado
• Atualizado
Com R$ 1,2 bilhão na bagagem para as obras nas rodovias BRs 470, 280, 285 e 163, o ministro Renan Filho (Transportes) chegou a Santa Catarina com boas notícias para dar e promessas que incluem a finalização da duplicação no Vale do Itajaí em dois anos. Na calculadora oficial de Renan, nos últimos 10 anos foram finalizados em torno de 3,5 quilômetros por ano na BR-470, enquanto que, em 2023, o atual governo já finalizou 5 quilômetros.
Nem a saia justa da visita às obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, com paralisação de trabalhadores do trecho sul, trabalho desenvolvido pela empreiteira Azevedo e Travassos e pago pela concessionária Arteris Litoral Sul, em que o governo federal não tem parte alguma, apenas a fiscalização do que era previsto em contrato, desde 2011, deixou Renan intranquilo.
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Com o presidente da Assembleia, deputado Mauro De Nadal, Renan disse que está à disposição do MDB catarinense, deixou a porta aberta nas idas a Brasília, e ouviu que o deputado Baleia Rossi tem incentivado este novo momento da sigla. Na véspera da ida ao canteiro e também à entrega de um viaduto na 470, o ministro, que é senador por Alagoas e já governou o Estado por duas vezes, foi paparicado por emedebistas, em um jantar oferecido no Hotel Majestic, em Florianópolis.
O encontro foi reservado, mas Renan posou ao lado do deputado federal Valdir Cobalchini, o vice-prefeito de São José Michel Schlemper e o deputado federal Carlos Chiodini, presidente estadual do MDB, o que deu um ar partidário à agenda ministerial. Schlemper também é secretário de Serviços Urbanos e trabalha pela manutenção da aliança política com o prefeito Orvino de Ávila (PSD), ao lado do presidente emedebista, o vereador Sanderson de Jesus.
Rebaixado e promovido no discurso
Com agendas em Barra Velha e Joinville, o governador Jorginho Mello (PL) não foi à visita de Renan, escalou a vice-governadora Marilisa Boehm (PL) e o secretário Jerry Comper (Infraestrutura). Jorginho se encontrou com o ministro no Summit Cidades, na segunda-feira (26) à noite, e não há resquício da discussão com o pai do ministro durante a CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), onde sobraram “ladrão, picareta e vagabundo” para todos os lados.
Quando assumiu o microfone para o discurso, no Contorno Viário, Marilisa cometeu um ato falho e chamou Renan de “secretário”, depois corrigiu para “presidente”. Renan levou ambas as saudações na esportiva.
Sempre presente quando o assunto é fiscalização de obras, o senador Esperidião Amin (PP) participou das agendas do ministro na Grande Florianópolis e no Vale do Itajaí.
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