Naatz prega o consenso na eleição da Assembleia
O alvo das críticas é a bancada do MDB
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Direto da Tailândia, parte do roteiro de férias pelo Oriente, o deputado Ivan Naatz, líder do PL, afirma que a ideia para a eleição da mesa diretora da Assembleia “é buscar a todo custo o consenso” e evitar o voto.
Defensor de que o MDB, que “começou dando as cartas”, não tem os 26 votos alardeados pelo deputado Mauro De Nadal para chegar ao comando do Legislativo, Naatz oscila entre o apoio a José Milton Scheffer (PP) e a crença de que um terceiro grupo não quer os emedebistas e está se articulando com outro nome à presidência da casa, sem revelar qual, uma tese que não é nova.
De acordo com o deputado, ficou combinado que, até o próximo dia 15, as conversas oficiais sobre a eleição do novo presidente estariam suspensas.
Naatz faz questão de dizer que a reunião prevista para esta quinta (12), entre o presidente emedebista Carlos Chiodini e Jorginho Mello, “é com o governo”, ao descartar que o assunto mesa diretora da Assembleia esteja no cardápio.
Em permanente contato telefônico com os deputados, Naatz, que só retorna ao Brasil dia 20, informa que o deputado Maurício Eskudlark acompanha os movimentos e acrescenta que Mauro De Nadal se “autoproclamou presidente”, por isso surgiu o movimento por Zé Milton.
Naatz disse que “muitos querem os espaços que o MDB quer”, comentário que faz ao criticar a proposta de composição com o PL feita pelos emedebistas a esta altura do debate.
Mauro preferiu não se manifestar sobre as críticas
Naatz e muita gente próxima a Jorginho, inclusive quem age nos bastidores, não querem o MDB à frente da Assembleia sob o pretexto que ficariam reféns do maior partido do Estado, que deve ter projeto forte para 2026.
Afastar os emedebistas sempre foi a tática do ex-deputado Gelson Merisio (PSD, PSDB e agora Soliariedade), que, ao lado do advogado Antonio Gavazzoni, tem influenciado na formação da equipe de Jorginho Mello.
Merisio tentou estar ao lado de Jorginho, em 2018, mas o então candidato ao Senado ficou com o MDB.
Mauro De Nadal preferiu dizer que os fatos narrados por Naatz não constituem novidade alguma na estratégia do PL e do PP, e que sobre as críticas da “autoproclamação” não irá se manifestar para não se “apequenar”.
Sobre o retorno de Naatz no dia 20, declarou: “Vai chegar tarde!”
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