Na Capital, Barroso critica busca de cliques e falta de civilidade, sem citar Elon Musk
Ministro esteve em Florianópolis e realizou uma palestra na Escola Social Marista Lucia Mayvorne
• Atualizado
O ministro Luís Roberto Barroso declarou, após a palestra na Escola Social Marista Lucia Mayvorne, em Florianópolis, que, sem fulanizar, a busca de cliques não é aceitável como conduta de respeito e civilidade. Barroso respondia à pergunta sobre a campanha difamatória que o empresário Elon Musk, dono do X, ex-Twitter, move contra o ministro Alexandre de Moraes e o o Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira o vídeo:
O ministro falou aos estudantes do Ensino Médio do Educandário no Maciço do Morro da Cruz, na Capital, e foi recebido pelo padre Vilson Groh e pela diretora da escola, Fraya da Cunha. Barroso contou a história da vida dele, do interior do Estado do Rio de Janeiro, em Vassouras, até Brasília, onde passou pelo voleibol, 40 anos de professor na Universidade do RJ, foi advogado e está há 11 anos no Supremo Tribunal Federal.
Ele disse, após ouvir testemunhos de alunos que estão ou passaram pelo projeto Pode Crer, que tudo na vida é possível para realizar sonhos, desde que se busque o estudo e o aprimoramento. Também disse que democracia é o direito de participar, e que é mais do que o governo da maioria, deve respeitar as regras do Estado de Direito, que igualmente atende as minoria.
Além disso, falou que a democracia é conversar, debater com os que pensam diferente, por isso é difícil. Não necessita mudar a maneira de pensar, mas tratar-se com respeito. “Não é o mundo da grosseira, da agressividade e da violência, que fará a vida prosperar”, disse Barroso ao se referir às batalhas atuais nas redes sociais.
Afirmou que é inadmissível que a oitava economia do mundo tenha 30% de pessoas na probreza, e que reverter isso deve ser a prioridade das prioridades. Ressaltou que é preciso derrotar o racismo estrutural e respeitar as pessoas homossexuais, por uma questão de afeto.
O evento é da Associação dos magistrados Brasileiros (AMB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O projeto Pode Crer, que atende jovens em vulnerabilidade social e dá apoio financeiro, é tocado pelo Instituto Vilson Groh.
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