Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

Mulheres devem buscar mais protagonismo político na disputa municipal

O gênero tem 34% das candidaturas este ano em SC

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Reprodução/TSE
Reprodução/TSE

Terra de Antonieta de Barros, pioneira como deputada estadual e a primeira negra eleita na América Latina, Santa Catarina ainda patina no crescimento da participação das mulheres no processo eleitoral, uma representatividade de 34% do total de candidaturas este ano. O dado é distante da maioria do gênero: 52% do eleitorado estadual em um universo de 5.640.649.

No país, onde também são a maior parte do eleitorado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consolidou que do total de 456.310 candidaturas registradas, 155 mil são de mulheres e 301.310 são de homens. Desses totais por gênero, 74.355 são mulheres não negras, 80.645 mulheres negras, 159.942 homens negros e 141.368 homens não negros.

A obrigatoriedade do percentual de 30% de candidatas nas chapas proporcionais (vereador, deputado estadual e federal) forçou o aumento da participação, mas não criou, necessariamente, um efeito multiplicador. O universo extremamente masculino das siglas, muito machista, afasta potenciais líderes femininas, assim como constrange, tanto que é objeto de campanhas de conscientização tanto do TSE quanto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina, o Ministério Público Estadual e a Assembleia Legislativa.

Mais recursos seriam para catapultar candidaturas

Pela legislação, ao menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral devem ser aplicados em candidaturas femininas, outro argumento para fazer com que as legendas estimulassem a presença das mulheres. Os partidos também são obrigados a destinar recursos a candidatos negros (pretos ou pardos) em montante proporcional ao número dessas candidaturas, outros dois grupos demográficos que enfrentam dificuldades para ter voz ativa e espaço nas agremiações. 

À luz da realidade, um dado nas 20 maiores cidades de Santa Catarina, deixa claro o degrau a ser subido pelas candidatas. Somente 17 mulheres estão na corrida pelas prefeituras este ano.

Em Joinville, Florianópolis, Itajaí, Brusque, Concórdia, Criciúma, Navegantes, Biguaçu, Itapema e Chapecó não há mulheres na cabeça de chapa. O quadro é diferente em Tubarão, Camboriú e Caçador, que têm chapas, enquanto em Blumenau, São José, Palhoça, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, São Bento do Sul e Lages, há duas candidatas entre os postulantes.

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