MDB confirma a pré-candidatura de Elizeu Mattos à prefeitura de Lages

Em ritmo de festa, dentro do projeto Bora 15 – Mobiliza MDB, o partido subiu a Serra Catarinense nesta sexta-feira (14) para oficializar a pré-candidatura do ex-prefeito Elizeu Mattos à prefeitura de Lages. Coube ao vice-presidente estadual da sigla, o deputado federal Valdir Cobalchini, impulsionar o nome de Elizeu, em nome do passado histórico do ex-deputado, que, antes de ter mandato na Assembleia, foi assessor do senador Dirceu Carneiro, ex-prefeito de Lages. Cobalchini também atuava em Brasília, ao lado do então senador e ex-governador Casildo Maldaner.

Pré-candidatura de Elizeu Mattos

Em 2022, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou a anulação da condenação do ex-prefeito Elizeu Mattos, por envolvimento com um suposto esquema de corrupção na área de saneamento – curiosamente na mesma Semasa que levou à prisão e transformou em réu o atual prefeito Antônio Ceron (PSDF). Os ministros devolveram os direitos políticos do emedebista, por não haver imparcialidade no julgamento e por irregularidades no processo, iniciado em 2014. Em 2016, Mattos renunciou ao cargo para ficar com os filhos, após o falecimento da mulher, vítima de câncer.

O páreo deve ser duríssimo para Elizeu Mattos, pois a favorita Carmen Zanotto (Cidadania), apoiada pelo PL e pelo governador Jorginho Mello, pretende reverter um fato histórico. Em 2020, Carmen perdeu a eleição por apenas 56 votos para Ceron, que concorria à reeleição

Quem deve concorrer à prefeitura de Lages:

Carmen Zanotto (Cidadania)
Claudia Bratti (PT)
Elizeu Mattos (MDB)
Juliano Polese (PP)
Lio Marin (União Brasil)
Ricardo Córdova (Novo)

Discurso afinado por posicionamento longe da polarização

No encontro que reuniu a cúpula emedebista, foram apresentados os pré-candidatos do MDB catarinense nos 23 municípios das coordenadorias regionais de Lages, São Joaquim e Curitibanos – onde tem quatro prefeitos, três vice-prefeitos e 50 vereadores- na presença de 700 pessoas.

Nos discursos se revezaram o presidente estadual, o deputado federal Carlos Chiodini, o vice-presidente Cobalchini, o presidente da Assembleia Mauro De Nadal, o deputado Jerry Comper (secretário estadual da Infraestrutura e Mobilidade), o deputado Cleiton Fossá e o ex-governador Paulo Afonso Vieira, que se posicionaram sobre a posição mais ao centro da legenda e à série de realizações de cinco gestões estaduais. O MDB quer ser a alternativa à polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Resgate histórico e de conciliação com Francisco Küster

Na festa emedebista, o ex-deputado Francisco Küster, nascido em São Joaquim, que iniciou a vida política em 1968 no “Manda Brasa” foi homenageado. Küster foi vereador em Lages por dois mandatos, deputado estadual por três mandatos e, em 1986, elegeu-se deputado federal constituinte por Santa Catarina. Curiosamente, quando estava no PSDB, o parlamentar era presidente da Assembleia e presidiu a sessão que acabou por não levar adiante o pedido de impeachment de Paulo Afonso, em 1996.

Küster votou por inocentar José Augusto Hülse, então vice-governador, e levar adiante o processo contra Paulo Afonso, no que ficou conhecido por escândalo das letras. O julgamento teve que ser retomado porque os deputados que emitiram apenas um voto não aceitaram, justamente no voto derradeiro, que era do presidente da Casa. Na nova votação, houve a mudança necessária de votos para inocentar o governador e o vice.

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