Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Marquito diz que se surpreendeu com filiação ao PFL quando assinou ficha no PSOL

Deputado afirma que nunca teve atuação na Frente Liberal

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O deputado Marquito quando teve o nome homologado na convenção do PSOL e Rede. Roberto Azevedo/SCC10
O deputado Marquito quando teve o nome homologado na convenção do PSOL e Rede. Roberto Azevedo/SCC10

O deputado Marcos José Abreu, o Marquito (PSOL), candidato à prefeitura de Florianópolis, divulgou nesta terça-feira (1º), uma nota em que afirma que se surpreendeu com uma filiação ao PFL (depois DEM) quando optou por assinar a ficha no PSOL, em 2015. Segundo ele, nunca teve atuação no partido.

A filiação de Marquito, de acordo com certidão obtida junto à Justiça Eleitoral é de quando ele tinha 20 anos de idade, em 2000. O PFL, que virou DEM em 2007, foi uma agremiação de direita, que surgiu de um grupo de dissidentes do PDS (sucedâneo da Arena), em 1985, que apoiou a candidatura de Tancredo Neves (PMDB) à Presidência da República, no Colégio Eleitoral, no fim do Regime Militar. Entre os fundadores e ex-presidentes nacionais da sigla está o ex-governador e senador por Santa Catarina, Jorge Konder Bornhausen.

O assunto da filiação gerou mal-estar na esquerda. O questionamento maior foi feito por adversários de Marquito na corrida à prefeitura da Capital, mas a repercussão negativa foi a ideológica, já que o atual deputado estadual fez toda a carreira política no PSOL, tendo sido duas vezes eleito vereador antes de seguir para a Assembleia Legislativa.

Leia na íntegra o que declarou Marquito:

“É inquestionável a minha trajetória de coerência no campo progressista e popular, desde os tempos em que atuava em organizações da sociedade civil. No dia em que decidi me filiar a um partido político, em 2015, e procurei o PSOL, tomei conhecimento dessa filiação ao PFL e me surpreendi. Nunca tive atuação nesse partido. A minha atuação político-partidária só começou com a filiação ao PSOL e a eleição, no ano seguinte, a vereador por Florianópolis, defendendo pautas nas quais já atuava como ativista: a agroecologia, a compostagem, a segurança alimentar e a questão ambiental. Depois, fui reeleito como o vereador mais votado na cidade e cheguei a deputado estadual, também recordista de votos.

O foco, neste momento, é na campanha a prefeito e na melhoria da qualidade de vida em Florianópolis. Depois do período eleitoral, vou ver com a minha assessoria como encaminhamos para resolver isso. Mas agora é foco. Estamos a ponto de chegar no segundo turno, somos a única candidatura com essa chance. Isso, claro, atrai tentativas de ataques. Mas, acima de tudo, é um grande feito. Uma candidatura como a nossa, com 24 segundos de TV e rádio, estar na segunda colocação é resultado de uma construção sólida, de coerência e reconhecimento da população.

Nossa campanha é alegre, propositiva e tem conquistado as pessoas. Representamos a possibilidade real de uma gestão voltada para o cuidado com o povo, a natureza e a cidade. Até domingo, nosso propósito é continuar buscando cada voto para estarmos no segundo turno, com a campanha de alto nível e respeito que a população merece. E, no segundo turno, sim, com tempo igual, poderemos expor melhor ainda nosso projeto de cidade para todos.”

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