Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Declaração infeliz

Marquito agiu rápido ao demitir assessora por comentário sobre a tragédia no RS

Fato não deteve a repercussão, principalmente em ano eleitoral

• Atualizado

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Rodolfo Espínola/Agência Alesc
Rodolfo Espínola/Agência Alesc

Não fosse a repercussão nacional, o deputado estadual Marcos José de Abreu (PSOL), o Marquito, teria conseguido reverter boa parte do quadro com reações de repúdio, após a assessora Cintia Cruz ter feito um comentário sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, onde foram registradas 147 mortes até a tarde desta segunda-feira (13).

Dias antes, Cintia publicou, no perfil “Floripa Discover”, que “não é à toa que a mãe natureza está limpando o lugar que mais consome carne no Sul do País”, ao se referir a um vídeo onde um gaúcho fazia churrasco durante os alagamentos.

Marquito
Foto: Reprodução

Marquito, ex-vereador – o mais votado, em 2020 -, é pré-candidato à prefeitura de Florianópolis, onde moram milhares de gaúchos, desgaste que será ainda medido. Cintia chegou a gravar um vídeo no qual se desculpa pela declaração “infeliz”. Segundo ela, sua intenção era alertar para o fato de que a crise climática seria uma consequência da degradação e exploração da natureza. Cintia afirma que “Vim me retratar diante do comentário infeliz em um momento tão sensível que o Rio Grande do Sul está passando, a todos aqueles que se sentiram ofendidos”.

Foi tarde, pois Marquito logo confirmou a exoneração da assessora, após a forte manifestação de eleitores e até de gente ligada ao partido.

“Não concordo com o conteúdo do comentário. Como sempre expusemos em nossa atuação parlamentar ambientalista, toda a humanidade está exposta aos impactos das mudanças climáticas. Os eventos extremos no nosso estado vizinho são efeito de ações globais, e não individuais, e as pessoas vulneráveis são as mais atingidas”, declarou o parlamentar, que é engenheiro agrônomo e sabe que o comentário da assessora é fato que não tem como remediar, política ou ideologicamente.

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