Lealdade ao blocão auxiliou acordo pró-Mauro De Nadal
PL teve que superar disputas internas para indicar Maurício Eskudlark
• Atualizado
Houve uma série de contratempos e debates dentro da bancada do PL que culminaram por retirar a deputada Ana Caroline Campagnolo do páreo para ser 1ª vice-presidente da Assembleia e indicar Maurício Eskudlark, mas a fidelidade do deputado Mauro De Nadal (MDB) aos quatro blocos que lhe apoiavam pavimentou o acordo que o levou a retornar à presidência da Assembleia.
O impasse criado entre os deputados do próprio PL veio desde segunda (28), quando do encontro entre Mauro, o governador Jorginho Mello (PL) e o deputado José Milton Scheffer (PP) surgiu a intenção de que a maior bancada da casa indicaria três nomes para que o blocão chancelasse.
E foi o que ocorreu, desde que o bloco formado por PT, PDT e PSOL, siglas de esquerda, questionou a posição de 1º vice para Campagnolo, mas jamais impediu que o PL indicasse o nome ou deixasse de participar da mesa.
Mauro teve uma noite entre terça e quarta de pouco sono e muita adrenalina, até que o nome de Eskudlark fosse referendado por quem apoiava o emedebista.
Discordância explícita no plenário
Na votação, Ana Caroline Campagnolo e Sargento Lima, ambos do PL, não respaldaram a chapa de consenso construída em torno de Mauro e preferiram a abstenção, uma forma de se rebelarem contra a própria determinação de Jorginho.
Campagnolo declarou que desejava sucesso ao novo presidente, elogiou Mauro mas disse que não votaria em uma chapa que tivesse o PT como integrante, embora contasse com os votos do partido de Lula caso fosse a candidata a primeira vice.
Foi seguida por Lima, que manteve o mesmo argumento, e, mais tarde, os dois ganharam a adesão do deputado Jessé Lopes (PL) para não dar respaldo à montagem da mesa diretora, que além de Mauro e Eskudlark, tinha Rodrigo Minotto (PDT) como 2º vice-presidente; Paulinha (Podemos) como 1ª secretária; Padre Pedro Baldissera (PT) como 2º secretário; Marcos da Rosa (União Brasil) como 3º secretário; e Delegado Egídio Ferrari (PTB) como 4º secretário.
Nem o fato de Rosa e Ferrari serem deputados de primeiro mandato mudou os planos do trio liberal, que resguardou a coerência na manutenção do forte discurso de extrema-direita.
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