Justiça Eleitoral nega direito de resposta a Dário na propaganda de Topázio
Candidato do PSDB queria retirar notícias de que foi condenado a devolver recursos e pagar multas
• Atualizado
O juiz Marcelo Pizolati, da 13ª Zona Eleitoral da Capital, negou o direito de resposta ao candidato Dário Berger (PSDB), onde ele pedia para que sejam reparadas as declarações feitas pelo prefeito Topázio Neto (PSD) sobre condenações e pagamentos de multas legais contra o postulante tucanos.
Na decisão, Pizolati pondera que “não existe o direito ao esquecimento”, ao se referir que o divulgado na internet fica registrado, embora há fatos que comprovem que o então prefeito e senador foi absolvido em diversas questões. O magistrado ainda explica que “não há como apagá-las” e se os veículos de comunicação divulgaram alguma inverdade não cabe à Justiça Eleitoral este reparo.
Se Dário não conseguiu seu intento, Topázio também não conseguiu retirar do ar a propaganda do adversário que relaciona problemas financeiros com uma das empresas dele, a Flex, e que há má gestão na prefeitura de Florianópolis.
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Topázio rebate Dário e Gean na TV e os relaciona a condenações e à prisão
A propaganda eleitoral do prefeito Topázio Neto (PSD), de Florianópolis, mudou o tom de tranquilidade ao responder os ataques do candidato Dário Berger (PSDB), na noite desta segunda-feira (2), e durante os spots, que são aqueles apresentados nos espaços comerciais das emissoras. Na segunda, logo antes de entrar o espaço do tucano no ar, uma série de reportagens printadas foram editadas em vídeo e mostram o que seriam condenações do tucano, que já comandou a Capital por oito anos.
Nem Gean Loureiro (União Brasil), fiel escudeiro e principal cabo eleitoral de Dário, escapou das críticas. No programa, o espaço do candidato do PSD afirma que Gean foi preso pela Polícia Federal, na Operação Chabu, versão diferente do que o também ex-prefeito afirma, que ficou mais de 12 horas a prestar apenas depoimento. Além disso, o programa também pincelou o episódio do envolvimento do ex-prefeito com uma servidora em uma sala na Secretaria municipal de Turismo. Os ataques prosseguiram nos espaços comerciais nesta terça-feira (3).
Ex-vice-de Gean, Topázio não parece disposto a ignorar ataques e a equipe de produção da campanha encontrou em temas nada agradáveis aos adversários a forma de enquadrar as críticas feitas contra o candidato do PSD no início da propaganda no rádio e na TV. No programa de Dário, Topázio foi retratado como responsável por ter deixado de pagar salários de funcionários em uma empresa de propriedade dele da iniciativa privada e que também deixou a prefeitura em situação financeira delicada.
Desta vez, os ataques foram dirigidos apenas a Dário e não a Lela, candidato do PT, que relatou que vários assessores do atual prefeito de Florianópolis estão sob investigação de atos de corrupção, tendo alguns deles sido presos. A coluna apurou que não é a intenção da campanha de Topázio rebater o petista, até porque nos vídeos divulgados o texto é o de “assessores nomeados pelo prefeito investigados e presos”, não o acusa diretamente.
Dário pedirá direito de resposta
O candidato do PSDB à prefeitura de Florianópolis pedirá direito de resposta a Topázio, por isso entrou com uma ação na Justiça Eleitoral. Segundo a campanha de Dário, além de confundir o eleitor com uma entrada “falsa”, Topázio levou uma série de inverdades ao ar.
Em uma delas, Dário reclama do texto que explica que ele foi condenado pelo rumoroso caso da “Árvore de Natal” na Beira-Mar Norte, que apresentou defeito, e pelo show do tenor italiano Andrea Bocelli, que nunca ocorreu, em 2009, durante a programação do “Fim de Ano dos Sonhos”. Os advogados de Dário afirmam que ele foi absolvido na questão da “Árvore” e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no caso de Bocelli. Os demais envolvidos no caso do tenor, contratado com dispensa de licitação por se tratar de um “artista específico e ter um único empresário” foram absolvidos no Tribunal de Justiça (TJSC).
Justiça mantém programa de Dário contra Topázio
Na noite de segunda-feira (2), a Justiça Eleitoral manteve a propaganda de Dário Berger onde o ex-prefeito relaciona o fato de Topázio ter feito recuperação judicial de uma de suas empresas à situação financeira da prefeitura “estar quebrada”. O prefeito nega que isso seja verdadeiro.
Na decisão, o juiz eleitoral Marcelo Pizolati, afirma que não é possível saber se são inverídicas as informações divulgadas ao negar a liminar.
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