Jorginho tira Bolsonaro dos santinhos de Gean e aliados
Coligação Bora Trabalhar, de Gean Loureiro (União Brasil), terá que retirar das redes sociais santinhos digitais que contenham a imagem do presidente
• Atualizado
A juíza auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral Ana Cristina da Rosa Grasso concedeu liminar à representação proposta pelo Partido Liberal (PL), leia-se o senador Jorginho Mello, candidato ao governo, e Jorge Seif Júnior, candidato ao Senado, para que a Coligação Bora Trabalhar, de Gean Loureiro (União Brasil), retire imediatamente das redes sociais santinhos digitais que contenham a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida alcança, além de Gean, os candidatos José Claudio Caramori, Marlene Fengler, Ricardo Guidi, Raimundo Colombo e Julio Garcia, mais os partidos PSD e Patriota. O não cumprimento acarretará ainda apreensão de material impresso ou outro qualquer meio que mostre o grupo denominado “Esse é o nosso time!” com Bolsonaro.
A magistrada acatou a argumentação dos advogados do PL que pediram a retirada da propaganda em função de Gean e os aliados não estarem nacionalmente coligados com o presidente da República e pelo fato da sigla, à qual o ex-prefeito da Capital pertence, ter uma candidata à Presidência, a senadora Soraia Thronicke.
Porém, é a possibilidade em levar o eleitor a acreditar que Gean é um dos candidatos do presidente no Estado é que move a representação de Jorginho e Seif.
Os autos foram encaminhados à Procuradoria Regional Eleitoral para manifestação e os candidatos proibidos de usar a propaganda terão dois dias para apresentar a defesa.
A situação pode ficar mais séria
A primeira consequência desta batalha não se resume à proibição, onde candidatos de União Brasil, PSD e Patriota estão em fila com Bolsonaro ao lado, mas há, inclusive, alguns que trazem até mesmo o prefeito de Chapecó João Rodrigues.
Juristas reconhecem que a inclusão de Bolsonaro nas fotos pode caracterizar uso indevido do dinheiro do Fundo Partidário porque utiliza a verba de uma sigla para fazer campanha para um candidato de outra sigla, no caso Bolsonaro, o que leva à rejeição das contas do partido pelo TRE ou, em situação extrema, à expulsão do partido.
Ironicamente, a ação do PL contra Gean não valeria para o maior calo do grupo de Jorginho nesta eleição: o PP, de Esperidião Amin, está na coligação de Jair Bolsonaro e pode usar a imagem do candidato à reeleição.
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