Jorginho se encontra com Kassab para tentar acordo com o PSD
Cenário para a eleição do ano que vem esteve à mesa, mas presidente pessedista projeta candidatura própria ao governo
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Em uma estratégia de pular as lideranças estaduais do PSD e ir direto ao presidente nacional da sigla, o ex-prefeito e atual secretário estadual de Governo de São Paulo Gilberto Kassab, o governador Jorginho Mello (PL) esteve na capital paulista na noite de terça-feira (27), para um jantar cheio de propostas à mesa.
O que foi vazado do encontro é a versão oficial de que Jorginho pretendia alinhavar um acordo para que PL e PSD de Santa Catarina acertem um nome de consenso para concorrer ao Senado, caso Jorge Seif (PL) seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O ex-deputado federal e atual secretário de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos Paulo Bornhausen, filiado às hostes pessedistas, seria o indicado.
Mas Bornhausen, que participou do jantar em São Paulo, declarou que o assunto nome ao Senado não foi tratado, tampouco tocado. O assunto, ainda de acordo com Bornhausen, girou em torno do quadro nacional e “de manutenção de boas relações”.
“Jorginho e Kassab são amigos e líderes que terão forte influência para termos um quadro nacional que possa unir nosso campo político e substituir os atuais ocupantes do Planalto”, disse Bornhausen. Com bom humor, o ex-deputado vaticinou: “Como dizia o Luiz Henrique da Silveira, ‘ex-governador do Estado, do MDB’, em política, quando não temos respostas imediatas o importante é conversar, bater clara!”
Topázio iria junto a SP
O prefeito Topázio Neto (PSD), de Florianópolis, que foi submetido a uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar, nesta quarta-feira (28), deveria ter participado do jantar com Kassab, Jorginho e Bornhausen. Agora, a tentativa de Jorginho passou longe dos dirigentes do PSD catarinense, o que, de careta forma, cria constrangimento.
A posição do prefeito da Capital é importante, assim como a de Bornhausen, para convencer outros pessedistas a rumarem com Jorginho, em 2026. A questão central é que Gilberto Kassab não tomaria nenhum lado sobre a eleição suplementar por ser amigo de Raimundo Colombo (PSD), que pleiteia o posto de Seif.
Ou ainda por Kassab garantir, a todo momento, que o partido que dirige terá candidato à Presidência e ao governo de Santa Catarina, leia-se o prefeito João Rodrigues, posições que alavancam eleições de deputados federais, o que, de fato, interessa à sigla, além de favorecer a nominata a deputado estadual. Em jantar, no domingo (25), também na capital paulista, com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o assunto majoritária foi tratado com a cúpula do PSD de Santa Catarina.
Há outro ponto do encontro paulistano que não deve ser ignorado: rifar um nome do PL ao Senado, no caso da eleição suplementar, para buscar acordos para 2026 não será jamais bem recebido entre os conservadores, principalmente os ligados a Jair Bolsonaro, como a deputada federal Júlia Zanatta (PL), ou a deputada estadual Ana Campagnolo, só para citar dois exemplos, já que o ex-presidente já indicou o nome da deputada federal Caroline de Toni para concorrer em 2026.
João não precisaria de apoio
Em uma daquelas projeções que envolveriam uma eventual eleição suplementar ao Senado, o prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, não teria problema algum em concorrer ao cargo, sem qualquer apoio de Jorginho Mello.
Homem da direita, conservador, João possui grandes chances de garantir o cargo e ainda concorrer ao governo em 2026, sem precisar renunciar à cadeira em Brasília, mas, para tanto, a decisão do TSE precisaria sair e Raimundo Colombo não ser o beneficiado por uma eventual cassação de Jorge Seif. A partir desta quinta-feira (29), João começa uma série de eventos pelo Sul do Estado, que culminarão com o grande evento do PSD, dia 5 de junho, em Criciúma, passo importante na pré-campanha.
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