Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Administração estadual

Jorginho quer mais atenção com as finanças do governo

Medida antecede o diagnóstico definitivo sobre as contas

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Com números diferentes dos que foram apresentados na transição entre as duas administrações, o governador Jorginho Mello (PL) sustenta que a situação financeira do Estado exige mais atenção, enquanto aguarda os últimos dados para consolidar a análise definitiva.

A primeira parte do diagnóstico foi apresentada nesta quinta (19), na Casa d’Agronômica, em reunião onde estavam a vice-governadora Marilisa Bohem e os secretários do Grupo Gestor de Governo Cleverson Siewert (Fazenda), Moisés Diersmann (Administração) e Estener Soratto (Casa Civil), além do procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, e dos secretários João Debiasi, da Comunicação, e da Casa Militar, José Eduardo Vieira.

Por ora, sem apresentar os detalhes do que deve ser divulgado à sociedade, os números antevêm a primeira grande batalha de narrativas entre Jorginho e o antecessor Carlos Moisés (Republicanos), que sempre assinalou a condição de contas equilibradas na gestão, que se encerrou em 31 de dezembro, embora tenha enfrentado a pior parte do combate à pandemia de Covid e os dois processos de impeachment.

Causas poderiam estar em três situações específicas

A queda da arrecadação em R$ 300 milhões por mês, fruto de desoneração promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) no maior imposto estadual, o ICMS, para baixar o preço dos combustíveis, mas que também incidiu sobre a energia elétrica, telecomunicações e transportes, seria uma das causas,

Informalmente, Jorginho, que à época aplaudiu as determinações do Palácio do Planalto, já reclamou da política de reajuste salarial implementada por Moisés a várias categorias do serviço público catarinense.

O outro ponto seria a concessão de incentivos fiscais, muitos dos quais passaram pela Assembleia.

Unidos, os três fatores preocupam a atual administração, mas dificilmente deverão ser revistos para fins de recuperação financeira, sem que causem reações políticas e empresariais.

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