Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

Jorginho promete não avançar o sinal com os aliados

Governador não pretende que convites de filiação ao PL atrapalhem apoio na Alesc

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O governador Jorginho Mello, que é presidente estadual do PL, não esconde manter a intenção de fazer 100 prefeitos nas próximas eleições municipais, mas declara que isso não será construído às custas do recrutamento de candidatos, muitos à reeleição, entre os atuais aliados na Assembleia. Jorginho sabe do impacto que uma “caça de talentos” teria no parlamento estadual, até porque, a exemplo do encontro com a cúpula do PP catarinense, dias antes do Natal, na Casa d’Agronômica, registrado na foto, onde se discutiu parcerias para 2024 e 2026, não é hora de ultrapassar o sinal e atrapalhar a relação.

O problema é imaginar que muitos prefeitos ou ex-mandatários de outras siglas não tenham como projeto político estar no 22, de Jair Bolsonaro, o que garantiria mais votos, e, em alguns casos, vitórias retumbantes, ou seja, nem precisa convidar. Sobre o PP, Dalvania Cardoso, de Içara, no Sul do Estado, não sai da lista de prováveis troca de legenda, com destino quase certo para o seio bolsonarista.

Com o PP é mais fácil, mesmo sendo Dalvania a prefeita da maior cidade administrada pela sigla do senador Esperidião Amin, do secretário Silvio Dreveck (Indústria, Comércio e Serviços), dos deputados Pepê Collaço, José Milton Schaeffer e Altair Silva, de históricos como Amaro Lúcio da Silva e Aldo da Rosa, e hoje presidida pelo ex-deputado Leodegar Tiscoski, todos que se reuniram com Jorginho. Além de não haver diferenças ideológicas entre o Progressistas e o PL, ambos estiveram juntos na eleição presidencial ao lado de Bolsonaro, em 2022.

Apelo bolsonarista pesa para alguns pré-candidatos à reeleição

O DNA não é fundamental nesta cruzada de Jorginho, basta lembrar que muita gente do PSDB veio para o ninho liberal, que na verdade é conservador, o que rendeu um desgaste público entre o governador e o presidente estadual do tucanato, o deputado Marcos Vieira. Jorginho e Vieira já estiveram juntos na sigla de Fernando Henrique Cardoso, portanto, se conhecem bem.

O Podemos cedeu ao apelo bolsonarista junto aos eleitores, abriu mão de Eduardo Freccia, prefeito de Palhoça, e a lista deve aumentar, curiosamente com o apoio do presidente estadual da sigla, o deputado Camilo Martins. O enigma é sobre o futuro do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, político que ganhou musculatura e passou a ser cobiçado por siglas de centro e direita, embora não dispute mais a eleição municipal em 2024 por ser reeleito.

No MDB, os deputados estadual Antídio Lunelli e federal Rafael Pezenti são mais bolsonaristas que muitos filiados ao PL, de Jorginho, reflexo dos eleitorados nas bases de Jaraguá do Sul e Ituporanga. A saber se aguardam tão somente a janela eleitoral de 2026 para fazer a troca ou manterão a trincheira de um reduto do ex-presidente no “Manda Brasa” para não deixar avançar eventuais grupos mais à esquerda tomarem conta.

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