Jorginho não se manifestará sobre determinação de Moraes para depor à PF

Jorginho Mello (PL) não se manifestará sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que o governador de Santa Catarina deponha à Polícia Federal. O comparecimento deve se dar em 15 dias, a partir da intimação. A confirmação da determinação foi feita pela assessoria de Jorginho.

Em recente entrevista à Jovem Pan News, em São Paulo, Jorginho declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, mantêm contato frequente. Bolsonaro ‘conversa muito’ com o Valdemar, declarou Jorginho, e acrescentou que espera que se encontrem mais vezes ‘para se ajudarem ainda mais’.

Por determinação de Moraes, Bolsonaro e Valdemar não podem se encontrar ou manter qualquer contato, mesmo por intermédio dos advogados, depois de serem alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro do ano passado, a mesma que reteve o passaporte do ex-presidente. A operação investiga uma suposta uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, em 8 de janeiro de 2022.

A declaração de Jorginho é quase um fogo amigo, mesmo que não pareça intencional. Se Bolsonaro e Valdemar burlarem a determinação do STF, estarão sujeitos a penalidades. Sem contar que o próprio governador catarinense entra no radar de Moraes.

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