Jorginho irá a evento convocado por Bolsonaro no Rio de Janeiro
Convocação foi feita no mesmo dia em que inquérito sobre o suposto golpe de Estado foi liberado para votação no STF
• Atualizado
O governador Jorginho Mello (PL) confirmou a participação no evento convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro, neste domingo (16). Uma manifestação pela “Anistia e Liberdade de Expressão”, na Praia de Copacabana, pretende reunir apoiadores e lideranças políticas e religiosas.
Bolsonaro promete debates sobre a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, mas também abordará questões sobre segurança pública, redução do custo de vida e o fortalecimento dos valores democráticos. O ex-presidente estará acompanhado do pastor Silas Malafaia, que participou de outros atos e inclusive liderou alguns deles, no Rio e em São Paulo.
O direito à livre manifestação será um dos pontos da manifestação. Jorginho disse que é importante a união “em prol da democracia e do respeito às liberdades individuais”.
Moraes libera denúncia contra o ex-presidente para votação
A convocação de Bolsonaro ocorre quase que simultaneamente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter liberado, nesta quinta-feira (13), a denúncia da Procuradoria Geral da República para julgamento pelos demais ministros da corte. Ele solicitou ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, que agende o julgamento, marcado para 25 de março.
Compõem a Primeira Turma, os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux, além de Moraes e Zanin. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou nesta quinta-feira (13) a manifestação ao STF em que rebate argumentos das defesas e reforça o pedido para que oito dos 34 denunciados pelo crime de golpe de Estado se tornem réus.
Quem são os oito denunciados
Na denúncia da PGR, aparecem oito nomes, entre eles o de Jair Bolsonaro. Os demais são: o general Braga Netto: ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022; o general Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Almir Garnier: ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira: general do Exército e ex-ministro da Defesa; e tenente-coronel Mauro Cid: delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Se três ministros formarem maioria, os oito denunciados viram réus no processo. Bolsonaro já está inelegível por conta da condenação em outro processo sobre a reunião com embaixadores e a imprensa internacional, em 19 de julho de 2022, onde fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO