Jorginho exonera secretário da Administração Prisional e o adjunto
Saída de Schelbauer ocorre em meio à momento delicado do sistema prisional de Santa Catarina
• Atualizado
Em meio a denúncias e reclamações internas na própria administração, o governador Jorginho Mello (PL) exonerou, nesta sexta-feira (18), o secretário Edenilson Schelbauer (Administração Prisional e Socioeducativa), à direita na foto, e o adjunto Neuri Mantelli, que é vereador pelo PL de Chapecó, à esquerda. O desconforto já corria solto nas rodas governamentais a ponto do líder do governo, deputado Edilson Massocco (PL), ter comentado o desfecho que se desenhava há semanas. Jorginho só deve anunciar o nome do novo secretário na semana que vem.
A pasta tem sido uma dor de cabeça para o governador, tanto que esta será a terceira troca no comando da secretaria. Primeiro foi Jeferson Cardozo, agente prisional, que caiu antes de assumir por ter sido preso em uma operação da Polícia Civil que investigava fraudes em uma auto-escola. Mantelli foi nomeado interino, mas como era ACT, sofreu pressões do sindicato da categoria, até que veio a nomeação de Schelbauer, ex-vereador e presidente da Câmara de Mafra pelo PL.
Há muita especulação sobre quem seria o substituto. A maior recai sobre o coronel da reserva do Exército Freibergue Rubem do Nascimento, atual secretário-adjunto de Segurança Pública, que é noivo da deputada federal e ex-vice-governadora Daniela Reinehr (PL). O governo não confirma esta possibilidade, mas Freibergue teria o apoio das alas mais conservadoras do partido.
Denúncia
A saída do secretário de Administração Prisional e Socioeducativa ocorre em meio a um momento delicado do sistema prisional de Santa Catarina. Isso porque, após o fim do contrato de prestação de serviços terceirizados da empresa Ondrespb com o governo do Estado no dia 15 de agosto, os Agentes Penitenciários Temporários (ACTS) precisaram assumir, ao lado dos servidores efetivos, o serviço de segurança dos presídios e centros de atendimento Socioeducativo.
Todos os servidores, tanto temporários como efetivos, foram convocados na quinta-feira (17) nominalmente. No ofício encaminhado aos profissionais do Presídio de Blumenau, a SAP destaca que a convocação ocorre em razão do encerramento do contrato firmado e a “consequente interrupção do serviço de vigilância”.
Servidores temporários que atuam dentro nas unidades relataram ao SCC10 estarem trabalhando “no sacrifício”. Entre as principais reclamações está a falta de equipamentos de segurança adequados, como coletes de proteção. Procurado, o Governo do Estado diz desconhecer as denúncias.
“Se não fosse hoje os Acts para assumirem as muralhas e portarias das unidades, os efetivos sozinho não dariam conta e o caos estaria instaurado no sistema penitenciário de Santa Catarina”, relatou uma fonte ao SCC10.
Vale lembrar, que os ACTS estão há meses em um impasse, tendo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinado o afastamento dos profissionais.
Com colaboração de Vitória Hasckel
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