Jorginho articula, mas não definiu o líder
Governador precisa de um nome forte para agir junto à base de apoio
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Não é necessário especular muito para saber que Jorginho Mello (PL) terá maioria na Assembleia, um ambiente favorável e predominantemente conservador como o que recepcionou o governador nesta terça (7), quando da leitura da mensagem anual.
Jorginho já antecipa que terá mais de 30 votos, o que resta a estabelecer é como será esta costura no dia a dia e quem fará este trabalho na condição de líder do governo, nome que ainda não foi definido.
Inicialmente mapeado, inclusive com a torcida de quem embarcou na inconsistente costura que não saiu da proposta para eleger José Milton Scheffer (PP) à presidência do parlamento, o deputado Ivan Naatz (PL) perdeu musculatura para a liderança.
Até Zé Milton, que foi líder do governo de Carlos Moisés (Republicanos), passou a ser cotado como alternativa, embora o impacto do abandono que levou ao acordo para confirmar a inevitável vitória de Mauro De Nadal (MDB) ainda precise ser bem digerido.
Jorginho sabe que um bom líder do governo ajuda, um mais ou menos incomoda e um fraco prejudica as articulações de qualquer administração.
MDB se reúne para definir o futuro junto a Jorginho
Maior partido do Estado, o MDB, que tem seis cadeiras na Assembleia, se reúne nesta quarta (8) para decidir o que fazer em relação ao governo de Jorginho Mello.
Na mesa de apostas, o partido teria encolhido e, em vez de duas, ficaria apenas com uma secretaria, talvez a da Infraestrutura, quer perderá espaço com a criação da pasta de Portos, Aeroportos e Ferrovias, e será uma executora de projetos e obras de rodovias essencialmente.
Outra definição será um teste do cabo de força para manter o ex-governador Eduardo Pinho Moreira em uma diretoria do BRDE, situação que aparenta não ser do agrado de Jorginho, e que seja intenção discreta se considerado o rápido encontro em plenário, registrado durante a cerimônia de leitura da mensagem anual.
Nos bastidores do MDB, sabe-se que a tal vontade de ocupar um cargo na administração de Jorginho já não tem a mesma vontade entre os deputados estaduais, tanto que uma prévia disso ocorreu no tradicional almoço da bancada nesta terça (7), sem que nenhum dos prováveis interessados tenha se manifestado de forma enfática pela indicação.
O entrave seria o espaço dentro da pasta, que não seria com a porteira fechada e estaria sujeito a outras ocupações ou interferências.
Convite para Fesporte projeta a eleição municipal de 2024
Jorginho convidou para a Fesporte o ex-deputado estadual Bruno Souza, que está no Novo pronto para fazer as malas, de olho na eleição à prefeitura da Capital, em 2024.
Por mais que possa ser atraente para quem está em mandato, a atuação da fundação do esporte faz menos efeito o que um posto na área de turismo, por exemplo.
Bruno ficou de pensar, Jorginho o aguarda com a perspectiva de uma filiação no PL e a candidatura em Florianópolis.
Na Assembleia, o estreante deputado Matheus Cadorin (Novo) considerou que fala de Jorginho, na abertura oficial dos trabalhos no Legislativo, foi “conciliadora, ele fez questão de deixar claro para os parlamentares que sabe que a governabilidade de sua gestão passa por aqui”.
Confira comentário político:
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