Jorge Seif chora na CPMI e chama general de covarde; assista ao vídeo
Manifestação ocorreu durante o depoimento nesta quinta-feira (14)
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O senador Jorge Seif (PL), estreante como representante de Santa Catarina no Congresso, protagonizou um momento de ativista na CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro e chorou durante o depoimento do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-comandante do Comando Militar do Planalto, na quinta-feira (14). Seif foi mais além e chamou o general Dutra, que tem parentes em Santa Catarina, de covarde por supostamente não ter atendido as pessoas que se concentravam em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e depois, em grande parte, participado dos atos de depredação e vandalismo na Praça dos Três Poderes, na Capital Federal. O choro ocorreu depois da exibição de um vídeo sobre os fatos debatidos na CPMI.
Fleumático e dentro da postura militar, o general limitou-se a dizer o que tinha ocorrido na data e falou sobre as ordens que havia recebido. Seif foi interrompido pelo presidente da Comissão, o deputado Arthur Maia (União-BA), que pediu para o senador não ofender mais o depoente. O senador Seif também disse que o general prestava “continência para comunista”. O general Dutra, que é representado pelo advogado catarinense Jorge Lacerda da Rosa, não respondeu à provocação.
O senador Seif fez uma manifestação para seu eleitorado, ganhou espaço e mídia além da bolha do conservadorismo, mas demonstrou também que a CPMI tem sido muito mais um canal de desabafos do que a “bala de prata” que a oposição pretendia. Tanto que, no contexto dos trabalhos no Congresso, assim como na discussão entre os ministros André Mendonça e Alexandre de Moraes, no momento do julgamento dos primeiros três condenados pelos atos de 8 de janeiro, no Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (14), o debate ainda é o porquê do ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) não ter liberado as imagens do que ocorria no prédio que sedia a pasta enquanto os manifestantes, que pediam um golpe de Estado, e que promoviam quebradeira nos prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto.
Jorge Seif também está pressionado por uma ação que corre no Tribunal Superior Eleitoral e que o acusa de abuso do poder econômico nas eleições de 2022. O senador por Santa Catarina nega a prática, mas os argumentos são os mesmos que cassaram o prefeito Ari Vequi (MDB) e o vice Gilmar Doerner (Republicanos), em Brusque, em abril deste ano, e provocaram uma eleição suplementar na cidade, no início de setembro. Detalhe: o choro de Seif não aparece nas fotos da Agência Senado e o presidente da CPMI mandou retirar as citações ofensivas ao general Dutra dos anais da casa.
Assista ao vídeo:
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