Invadir, agredir e depredar não são atos democráticos
Radicais bolsonaristas estão à frente das depredações
• Atualizado
Os milhares de militantes bolsonaristas que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, neste domingo (8), depois de agredirem policiais e jornalistas, atirarem nas fachadas e quebrarem vidros, após passarem pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, cometeram uma série de crimes previstos na Constituição, todos contra o Estado de Direito e a democracia.
Os mais radicais, que são apoiados por deputados e senadores eleitos, nas redes sociais, justamente os que não deveriam ir contra o sistema eleitoral ou político, são financiados por mal-intencionados em nome do mesmo discurso: são contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já empossado, e foram às últimas consequências, abandonaram as concentrações pacíficas e ordeiras.
Quem se insurge contra a ordem pública, admite que os contrários aos seus argumentos também o façam, uma mostra de que não respeitam qualquer autoridade ao pregarem um governo de exceção, um golpe.
Tanto o governo federal quanto o governo do Distrito Federal não perceberam ou não deram a real importância aos atos que eram livremente planejados e com chamamento feito pelas redes sociais, ou seja, em proporções diferentes foram lenientes ou omissos, subestimaram o poder de mobilização dos radicais, deixaram ocorrer um ato contra a democracia que terá consequências graves.
Neste domingo, ao imitarem a invasão registrada no Congresso dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, outra tentativa de rompimento institucional e constitucional, os manifestantes que atuaram em Brasília mancharam a democracia no país, comprometeram a liberdade, que dizem defender, com atos criminosos que os equiparam às organizações que sempre criticaram e que chamam de “vândalos e bandidos”.
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