Guidi afirma que analisa com carinho e cautela a ida para o PL na disputa em Criciúma
Deputado não aceita proposta de fazer uma pesquisa para determinar o candidato apenas em julho
• Atualizado
Horas depois da executiva estadual do PSD deliberar, na terça-feira (2), favoravelmente à proposta feita pelo prefeito Clésio Salvaro, pelo deputado Julio Garcia e pelo vereador licenciado Arleu da Silveira sobre a realização de uma pesquisa para determinar o candidato do partido em Criciúma. O deputado federal Ricardo Guidi admitiu que analisa com carinho e cautela a possibilidade de se filiar ao PL. Guidi, atual secretário estadual de Meio Ambiente e Energia Verde, participou da reunião, no domingo de Páscoa (31), onde estavam os signatários da nota oficial, emitida no dia seguinte, em que estabelecem a realização da consulta em julho deste ano.
É justamente neste ponto, o período do levantamento, que começam as discordâncias que Guidi chama de “ajustes necessários”. De acordo com o deputado federal, o acertado entre ele e Julio Garcia, com a concordância do ex-senador e governador Jorge Bornhausen, é o de que a pesquisa seria feita em março passado, o que não foi considerado, mas era de conhecimento do presidente nacional da sigla, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
O presidente em exercício do PSD estadual, deputado Napoleão Bernardes, afirmou, depois de apoiada a deliberação, que “essa medida é mais saudável quando na cidade a gente tem mais de um candidato competitivo. O mais importante é que o partido saia fortalecido desse processo”. O problema está na situação criada com o novo período de pesquisa, que embreta Guidi. Ou o deputado federal aceita a regra e corre o risco de não conseguir concorrer ou troca de sigla ou desiste do projeto, algo que Ricardo Guidi nega de maneira enfática.
Como o período de troca de partido encerra neste sábado (6), Guidi só tem três dias para fazer o movimento, mesmo que saiba que será recebido de braços abertos pelo partido de Jorginho Mello, com manifestações já feitas pelos deputados Daniel Freitas, Jessé Lopes e Júlia Zanatta.
A questão do mandato deve ser levada em consideração
Se fizer a filiação ao PL, Ricardo Guidi corre o risco de perder o mandato de deputado federal. O entendimento pacificado por TSE e STF é o de que o mandato, em eleições proporcionais, pertence ao partido, não ao eleito. Guidi não vê como perspectiva receber a carta de anuência, documento que deverá ser emitido pelo presidente estadual ou nacional do PSD, para que ele escape de uma eventual degola, e descarta o argumento jurídico da perseguição interna para reclamar sua posição, tendo feito inclusive consulta a especialistas em direito eleitoral.
O assunto incomoda do deputado, que está no segundo mandato na Câmara, depois de ter sido deputado estadual por uma legislatura. Hoje, o mais plausível é que Guidi deixe o PSD, filie-se ao PL, com o respaldo do governador Jorginho Mello, e que aposte em uma disputa judicial que demore e, quando o resultado sair, já esteja resolvida a eleição em Criciúma.
Arleu da Silveira deverá ser o candidato pelo PSD, com o apoio de Clésio Salvaro e Julio Garcia. Não há como o grupo retroagir porque inclusive apoios de outras siglas ao projeto de Arleu já foram anunciados.
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