Governo Jorginho ainda faz levantamento de imóveis do Estado
Estado nega que venderá a sede do Centro Administrativo na Capital
• Atualizado
O Fundo Imobiliário é um dos projetos do então candidato eleito Jorginho Mello (PL) para concluir obras de grande porte e que agora servirá, de acordo com o governo do Estado, para amortizar o rombo da Previdência dos servidores estaduais (Iprev), que tem um rombo previsto de R$ 6 bilhões este ano.
A ideia de Jorginho sempre foi usar ativos do Estado, terrenos e prédios, para gerar caixa para outros investimentos, mas principalmente garantir recursos, por exemplo, para construir uma nova Penitenciária Estadual (foto) por uma empresa da iniciativa privada que receberá em troca do terreno e das edificações da atual estrutura, em área nobre do bairro da Agronômica, em Florianópolis. Em contrapartida, construirá para o Estado um prédio moderno no mesmo valor avaliado pelo que será repassado pelo governo e longe do Centro da cidade.
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O secretário Moisés Diersmann (Administração) pilota esta operação e a equipe da pasta tem encontrado dificuldades em fazer o levantamento dos imóveis no interior de Santa Catarina. O trabalho não está concluído, mas o governo do Estado nega que um dos possíveis ativos que estaria entre os que podem ser comercializados seja a sede do Centro Administrativo, na SC-401, na Capital, avaliado em R$ 150 milhões. O conjunto de prédios já pertenceu à Weg, empresa especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, e ao Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), incorporado pelo Banco do Brasil, antes de ser adquirido pelo Estado no governo de Luiz Henrique da Silveira, no início da década de 2000.
Um dos argumentos do atual governo catarinense para negar a venda da sede do Centro Administrativo está no fato de que, desde 2019, o prédio que abrigava o gabinete do governador e do vice, além das secretarias de Comunicação e as casas Civil e Militar, entre outras, passa por enorme reforma, depois de detectado um problema estrutural – o prédio estava literalmente a afundar. A proposta é a de que o Fundo Imobiliário, que arrecadaria pelos cálculos do governo em torno de R$ 2 bilhões na primeira etapa, seja efetivado a partir de 2024.
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