Geraldo Alckmin participará da campanha de Eccel em Brusque
Vice-presidente atuará em um território bolsonarista para apoiar o candidato do PT
• Atualizado
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou que estará em Brusque, neste sábado (19), para participar da campanha de Paulo Eccel (PT), depois que o candidato a prefeito de Brusque garantiu uma liminar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para prosseguir na disputa da eleição suplementar. O partido de Alckmin compõe a coligação “Coração Aberto para fazer o futuro (PT, PC do B, PV, PSB, PDT e PSOL)”.
O anúncio foi feito pelo presidente estadual do PSB, o ex-deputado Claudio Vignatti, que considera o gesto do vice-presidente um reconhecimento à importância de Santa Catarina no cenário político nacional. Alckmin estará em um ato de Eccel, às 10h, em um dos maiores redutos bolsonaristas do Estado.
Leia Mais
O atual prefeito em exercício, o vereador André Vechi (DC), que concorre ao cargo, pediu a impugnação da chapa de Eccel, que já foi prefeito por duas vezes, mas foi cassado no último mandato por gasto excessivo com propaganda institucional. Segundo Vechi, havia falta de prestação de contas de duas federações que apoiam Eccel e o vice Dida Mafra. A Justiça Eleitoral de Brusque aceitou a impugnação, mas o TRE concedeu uma liminar ao candidato petista, que pode continuar a campanha até que se julgue o mérito.
Por todos os ingredientes, a escolha do prefeito para o mandato-tampão tem ingredientes de um antecipação dos embates de 2026, além do pleito do ano que vem. Bolsonaristas do MDB se insurgiram contra o candidato apoiado pelo governador Jorginho Mello (PL), André Vechi. Lançaram William Molina, uma maneira de reiterar apoio ao prefeito cassado, Ari Vequi (MDB). Eccel vê na disputa uma oportunidade de recuperar a sua liderança política, pois perdeu o segundo mandato por decisão do TSE.
Quem são os candidatos em Brusque, dia 3 de setembro:
Alessandro Simas (PP) e Danilo Rezini (PSD)
André Vechi (DC) e André Batisti (PL)
Paulo Eccel (PT) e Dida Mafra (PSDB)
William Molina (MDB) e Osvaldo Quirino (Podemos)
Entenda o motivo do novo pleito
Em 4 de abril deste ano, o TSE determinou, por 5 votos a 2, a cassação dos mandatos do então prefeito de Brusque, José Ari Vequi (MDB), e do vice, Gilmar Doerner (Republicanos), por abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2020. Eles recorreram ao TSE e ao STF, mas não conseguiram reverter a decisão.
Os dois estão inelegíveis por oito anos, até 2028. O empresário Luciano Hang também se tornou inelegível na decisão do TSE, porque os ministros entenderam que ele agiu para dar condições a Vequi e Doerner com o emprego de estruturas de suas empresas e para deslocamento, uma vantagem em relação aos demais candidatos que disputaram a eleição no município. O ex-prefeito, o ex-vice e o empresário negam as acusações.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO