Galdino diz que falta de experiência do presidente da Fesporte definiu crise nos Parajasc
Secretário de Blumenau e vice-presidente da FCA rebate críticas de Freibergue Rubem do Nascimento
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O secretário municipal do Esporte de Blumenau e vice-presidente da Federação Catarinense de Atletismo (FCA), o ex-atleta Sérgio Vieira Galdino, declarou que a falta de experiência e de conhecimento sobre o funcionamento do setor em Santa Catarina do presidente da Fesporte, o coronel Freibergue Rubem do Nascimento, levaram ao adiamento das provas de atletismo dos Jogos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), em Timbó, no Vale do Itajaí. Galdino defendeu-se das acusações feitas por Freibergue, mas não retrucou o fato de ter sido chamado de “traidor” pelo presidente da Fesporte.
Em áudio encaminhado ao colega Paulo César, do SCC SBT de Blumenau, o secretário que foi um dos nomes mais expressivos da Marcha Atlética no Brasil, disse que: “a arrogância do presidente da Fesporte, que sequer ouve a equipe técnica da fundação”, foi decisiva para que faltassem árbitros que homologassem os resultados do atletismo dos Parajasc. Galdino disse que não é justo “ser crucificado”, até porque, mesmo na condição de secretário municipal, colocou-se à disposição para arbitrar e fazer a classificação dos deficientes físicos, a categoria mais comprometida nas provas, que necessita de uma divisão em quase 200 classes para quase 300 atletas.
Galdino disse que iria ajudar na mobilização de outros árbitros. Além disso, é necessário homologar os resultados junto ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com equipe técnica especializada da Federação Catarinense de Atletismo (FCA). A entidade tem seus árbitros habilitados para isso. Galdino explica que esta equipe afere todo o tipo de equipamento utilizado nas provas e que não seria solução trazer um grupo não oficial de Porto Alegre, o que acirrou os ânimos entre os árbitros da FCA.
Ele afirma que trazer os árbitros gaúchos, com a garantia de alimentação e transporte, desagradou os integrantes da FCA. É porque, segundo Galdino, Freibergue cortou o meio-pró-labore, uma espécie de diária, que ajuda os árbitros que têm que trabalhar durante a semana, quando abrem mão do seu trabalho para se dedicarem à competição.
Os árbitros da FCA precisam antecipar o pagamento das refeições, cerca de R$ 27 por dia, mas são ressarcidos somente 20 dias depois. Estes mesmos profissionais homologados também precisam de dinheiro para o combustível, e, de acordo com Galdino, muitos deles não possuem condições de bancar estas despesas antecipadamente.
Fesporte culpou a FCA pelo adiamento
Freibergue acusou a Federação Catarinense de Atletismo de boicote político quando não providenciou os árbitros. As críticas mais pesadas foram disparadas contra o presidente da FCA, Deraldo Ferreira Oppa, e seu vice-presidente, Sérgio Vieira Galdino. Deraldo já declarou que, se fosse o presidente da Fesporte, teria sugerido que as delegações não fossem a Timbó em função do impasse em relação à arbitragem.
Freibergue pediu ajuda aos deputados estaduais e a integrantes do governo para resolver a questão do adiamento, que, em uma primeira avaliação, deve durar um mês. Os prefeitos pediram à Fesporte que não cancelasse as provas, responsáveis pela manutenção de bolsas para os atletas e de homologação de índices para competições nacionais e internacionais.
O caso repercute desde a semana passada. O presidente da Comissão de Esportes e Lazer da Assembleia, deputado Fernando Krelling (MDB), marcou uma audiência pública para debater o assunto daqui a quinze dias, depois das sessões do Assembleia Itinerante que ocorre dias 4 e 5 de junho, nesta semana, em Joinville. Já o Conselho Estadual de Esporte marcou uma reunião, nesta segunda-feira (3), para tentar uma solução para o problema da arbitragem, porém informou que havia alertado a Fesporte sobre o risco de fazer a competição sem que as demandas dos profissionais fossem resolvidas.
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