Fogo amigo e passado atrapalham secretário de Jorginho
Vereador Jeferson Cardozo, que foi anunciado para a Administração Prisional, é o centro de uma polêmica
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Tão surpreendente quanto foi a divulgação do nome do vereador Jeferson Cardozo (PL), de Jaraguá do Sul, para comandar a Administração Prisional e Socioeducativa, no domingo (1º), em pleno Teatro Pedro Ivo, no último ato da posse, pelo governador Jorginho Mello, foi a reação de agentes prisionais e de políticos sobre a conduta do indicado ao cargo.
Preso pela Polícia Civil em fevereiro de 2019 pela “Operação Sinal Vermelho”, Jeferson Cardozo teve o pedido feito pelo Ministério Público, à época, por suposta interferência nas investigações, que desmantelaram um esquema que facilitava os alunos a serem aprovados em troca de propina para o examinador de trânsito, justamente pelo vereador, que é agente prisional, ser proprietário de um Centro de Formação de Condutores, no popular, Autoescola, com o sugestivo nome de Sinal Verde.
Mesmo que o caso não tenha evoluído, a situação de Cardozo já se transformou em meme nacional, piada pronta, com a divulgação de que alguém que comandará a área prisional já tenha sido detido.
Ataques a deputados estaduais e federais complicam a situação de Cardozo
O vereador sempre foi polêmico, nunca poupou o então prefeito Antídio Lunelli (MDB), agora deputado estadual eleito e diplomado, tampouco respeitou o fato do político de Jaraguá do Sul ser um bolsonarista de carteirinha.
Disparos de Cardozo também atingiram o bolsonarista e ex-deputado federal Coronel Armando (PL) e o jaraguaense reeleito para a Câmara Carlos Chiodini (MDB), sem contar as cobranças em cima de outros parlamentares como o estadual Marcos Vieira (PSDB), feitas nas redes sociais e em um canal de Youtube mantido pelo vereador.
A situação na Assembleia já seria constrangedora, justamente onde Jorginho precisa formar a maioria, imaginem então a convivência com o Coronel Armando, nomeado secretário de Proteção e Defesa Civil pelo governador.
O futuro de Jeferson Cardozo é incerto, pois, em entrevista à CBN Floripa, na tarde desta segunda (2), o secretário da Casa Civil, o deputado eleito e diplomado Estêner Soratto Júnior (PL), confirmou que, dos 23 nomes anunciados por Jorginho para compor o colegiado, 17 já foram publicados no Diário Oficial do Estado (DOE), mas o do vereador polêmico não, já que os demais não aparecem na lista porque as pastas ainda terão que ser criadas ou recriadas pela Reforma Administrativa de Jorginho.
O governo do Estado considera que a repercussão diante do fato é pequena, o que pode indicar a confirmação e o salomônico Estêner avaliou que pode ter sido algum documento ou outra questão burocrática que deve ter adiado a publicação do nome de Cardozo no Diário Oficial.
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