Florianópolis e Palhoça têm novos candidatos a prefeito
Os dois postulantes são de partidos de esquerda
• Atualizado
O fim do prazo para registro dos candidatos às eleições deste ano trouxe duas novidades na região da Grande Florianópolis: uma candidatura do PCO, na Capital, e a ruptura da frente de esquerda, em Palhoça, que originou uma nova postulante pela federação PSOL/Rede. Brunno Dias, do Partido da Causa Operária (PCO), pode ser considerado o candidato do partido de esquerda que sempre apresenta uma alternativa em cima do laço, em Florianópolis, embora a convenção que o homologou e ao vice, Luiz Bento (PCO) foi em 2 de agosto, sem divulgação fora da sigla. Os dois declaram as ocupações como outros.
Já em Palhoça, a questão foi a falta de uma costura entre partidos de esquerda. A Federação PSOL/Rede oficializou, junto à Justiça Eleitoral, o nome da professora Ana Vaz (PSOL), que terá o servidor público municipal Richard Goterra (PSOL), de vice.
Em ambas as cidades, as novidades são de esquerda, o que fez subir para sete os concorrentes em Florianópolis, e para cinco os de Palhoça.
Quem são os candidatos à prefeitura de Florianópolis:
Brunno Dias (PCO)
Carlos Muller (PSTU)
Dário Berger (PSDB)
Lela (PT)
Marquito (PSOL)
Mateus Souza (PMB)
Pedrão Silvestre (PP)
Rogério Portanova (Avante)
Topázio Neto (PSD)
Assista ao vídeo do comentário no SCC Meio-Dia:
Quem serão os candidatos à prefeitura de Palhoça:
Ana Vaz (PSOL/REDE)
Eduardo Freccia (PL)
Gilliard Martins (PDT)
Luciano Pereira (PSD)
Tânia Slongo (PT)
Assista ao vídeo do comentário no SCC Meio-Dia:
Debate no rádio revela primeiras estratégias na Capital
O prefeito Topázio Neto (PSD) perguntou ao deputado Marquito (PSOL) se ele não cumpriria o mandato, caso eleito para o cargo, em uma das primeiras perguntas no debate promovido pela CBN Floripa à prefeitura da Capital, na manhã desta sexta-feira (16). Se a estratégia estava desenhada de bater em um potencial concorrente que deve crescer ao longo da disputa, tanto Topázio quanto Marquito erraram o objetivo de seus ataques e contra-ataques: o candidato à reeleição ignorou o primeiro mandato inteiro do adversário na Câmara de Vereadores, ao querer enquadrá-lo como quem usa uma eleição como trampolim da outra (foi eleito à Assembleia na metade do segundo mandato no Legislativo Municipal), e a emenda do deputado foi pior ainda ao dizer que o atual prefeito “não foi eleito”, um equívoco, pois o vice é escolhido juntamente com o cabeça da chapa no pleito.
Esta troca mostra que, os dois oponentes, merecem o benefício do nervosismo da estreia, e que devem aperfeiçoar seus torpedos disparados aos oponentes. Na sequência do debate, a questão das denúncias de corrupção entre integrantes da administração municipal, como ex-secretário e vereador Ed Pereira, considerado líder de um esquema criminoso pelo Gaeco e Polícia Civil, na Operação Presságio, dominaram os ataques de Pedrão Silvestre (PP), Lela (PT) e Dário Berger (PSDB), que já foi prefeito por duas vezes. Pedrão chegou a dizer que não considera Topázio um corrupto, mas que ele esteve “cercado” por gente que hoje está preso e que a equipe da Controladoria criada na Prefeitura “é apenas reativa” e não preventiva.
A emissora adotou o critério de convidar apenas os candidatos que representam partidos com o mínimo de cinco deputados federais, como determina a legislação.
Educação, saúde e pessoas em situação de rua
Lela centrou seus ataques na questão dos índices de educação divulgados pelo Ideb, além de dizer que há crianças que ainda sofrem com os efeitos da pandemia e a questão de saúde mental não são resolvidas na rede municipal. Em determinado momento, ficou evidente o jogo dos adversários do prefeito, Lela, Pedrão e Marquito contra Topázio, o que é do jogo, afinal o candidato à reeleição e favorito vira alvo.
Dário relembrou o trabalho que realizou na área da saúde, com Upas e disse, sobre a provável desativação da unidade do Rio Tavares, que querem tirar o “Sul da Ilha do Mapa”, mais a sequência de obras e projetos a que pretende dar continuidade. Outra cobrança foi sobre o transporte coletivo, onde o candidato tucano disparou que a prefeitura investe R$ 10 milhões de subsídios por mês nas empresas de ônibus, e que, ao final de quatro anos, serão R$ 480 milhões, dinheiro que poderia estar na educação e na saúde.
A segurança pública e as pessoas em situação de rua foram temas de todos os candidatos, até mesmo de Topázio que relatou as medidas que adotou como a internação compulsória. O discurso alternativo coube ao professor Rogério Portanova (Avante), que atacou os extremos da direita, que chamou de radical, e da esquerda, que qualificou de burocrática, enquanto centro vai para um lado ou para outro, a depender da conveniência. O primeiro debate é a prova de que não será uma das campanhas mais tranquilas dos últimos tempos, mesmo, que, por ora, o apoio do ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil) a Dário, único fato novo no processo, e a forte presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Jorginho Mello com a vice na chapa de Topázio deverão ganhar amplitude até 30 de de agosto, quando começa o horário no rádio e na TV.
DC não registrou chapa em São José
Epicentro de uma polêmica sobre apoiar Adeliana Dal Pont (PL) ou ter candidatura própria, o anúncio do Democracia Cristão (DC), de que teria chapa pura, em São José, não se confirmou na Justiça Eleitoral. A polêmica estava centrada em declarações do presidente da sigla, Claudemir Arijú, tanto ao governador Jorginho Mello quanto à candidata Adeliana.
O site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na área de divulgação de candidatos e contas eleitorais, não traz Arijú e o vice anunciado Fernando Azevedo, ambos do DC, tampouco o primeiro nome que apareceu como pré-candidato da sigla, Sargento Zenon. O que se sabe é que um novo canal de conversações foi solicitado pela direção do DC ao PL josefense.
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