Fiesc entra no debate e rechaça indicação de Carlos Bolsonaro ao Senado
“SC não precisa importar candidato para representá-lo no Congresso”, disse a Federação das Indústrias de Santa Catarina
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Há uma mobilização nos bastidores do empresariado e da política catarinense que começa a ganhar mais força contra a indicação do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para concorrer ao Senado por Santa Catarina no próximo ano.
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A proposta foi feita pelo pai do vereador, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e agora mereceu, nesta terça-feira (17), uma relevante manifestação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Em uma nota denominada posicionamento, a entidade que congrega a maioria do PIB catarinense afirma que “SC não precisa importar candidato para representá-lo no Congresso”.
Em determinada parte do documento publicado, a federação assegura defender que “a voz do Estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses – e não por imposições externas”.
A clara alusão à perda da independência política é complementada com a seguinte afirmação: “A Fiesc valoriza a autonomia política do Estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um Estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade”.
Leia na íntegra o documento:
O contexto ficou complicado para o PL
O que já pode ser considerado uma campanha contra a indicação de Carlos Bolsonaro a uma das vagas ao senado por Santa Catarina desagrada de “A a Z”, principalmente entre os conservadores.
Há quem critique a imposição como uma forma de favorecer apenas a Jair Bolsonaro e não ao PL local. Outros acreditam que está mais do que na hora da sigla mostrar que não é subserviente, embora ninguém questione a liderança de Bolsonaro no Estado, tampouco o seu poder de garantir eleições mais tranquilas. A pergunta é quem no Estado fará o contraponto a Bolsonaro.
O governador Jorginho Mello (PL) está com um problemão na mão, caso prevaleça a intenção de Bolsonaro, que, além do filho 02, indicou a deputada federal Caroline de Toni (PL) para concorrer a uma das vagas. Inclusive com o escudeiro do ex-presidente, o senador Esperidião Amin (PP), o mais prejudicado se não tiver a possibilidade de compor na majoritária ao lado do PL.
Nesta terça-feira (17), Carlos Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a “Abin paralela”, que investigaria autoridades, e relaciona o vereador ao chamado “gabinete do ódio”, responsável, segundo a corporação, por divulgar notícias falsas e de atacar o sistema eleitoral brasileiro.
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