Fiesc cria gabinete de crise e entrega documento a Jorginho Mello
Empresariado acompanha os efeitos dos 50% de taxas sobre produtos exportados aos EUA e apresenta propostas para diminuir os impactos
• Atualizado
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) criou um gabinete de crise que pretende centralizar informações e propor ações, ao mesmo tempo em que irá subsidiar a interlocução com os diversos envolvidos no processo de acompanhamento e análise das consequências do aumento das tarifas dos produtos do Estado vendidos aos Estados, a partir da tarifa de 50%.
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Na linha de ação estão os governos federal e estadual, o Legislativo, as indústrias e outras instituições do setor produtivo.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, entregou um documento ao governador para marcar a interlocução com as autoridades, onde apresenta propostas para mitigar perdas de competitividade, com o objetivo de proteger empregos e preservar investimentos diante do tarifaço. O documento inclui medidas nas áreas tributária, de crédito e apoio à diversificação de mercados e institucionais.
A federação não tem como mensurar os impactos do tarifaço, apesar do transtorno generalizado que se avizinha, mas acompanha reações nacionais e locais, tais como a posição do Grupo Ipumirim, do ramo madeireiro e baseada no Oeste do Estado, que trabalha com portas e molduras, e concedeu férias coletivas aos 500 funcionários por conta das medidas anunciadas por Trump, decisão que afeta outros 150 prestadores de serviço.
O setor de móveis e madeira é o que tem mais relatado o temor de perdas significativas, já que importadores norte-americanos pediram às empresas catarinenses para suspenderem os embarques temporariamente, até que o cenário fique mais claro.
São Paulo anuncia crédito às empresas
Maior Estado exportador para os Estados Unidos, 33,6% do total do que é vendido pelo Brasil, São Paulo abrirá crédito subsidiado para compensar as perdas dos exportadores.
De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), serão R$ 200 milhões para atenuar as primeiras perdas, a partir de 1º de agosto, caso Donald Trump não adote uma prática comum: recuar para permitir a negociação, como ocorreu, entre outros, com a China.
O governo brasileiro é menos otimista sobre esta tema. Acredita que, pelo caráter político-ideológico das medidas de Trump, a intenção é manter a corda esticada, pois é inegociável, por exemplo, o pedido do presidente dos Estados Unidos para que o Supremo Tribunal Federal (STF) interrompa o processo pelo suposto golpe de Estado contra Jair Bolsonaro e ex-assessores.
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